Vida muito complicada para milhares de funcionários da empresa.
Num artigo publicado ontem já tínhamos dado conta de que isto poderia acontecer em breve, e agora tornou-se oficial. A Intel anunciou que vai reduzir os seus custos em 10 mil milhões de dólares. Para isso, a empresa terá de despedir mais de 15% do seu atual quadro de funcionários, no máximo até ao final do ano. E segundo a própria empresa, isso representa 15 mil funcionários.
Atrasada em relação aos seus concorrentes quando o assunto são chips adaptados à inteligência artificial generativa, a Intel publicou perdas líquidas de 1,6 mil milhões de dólares no segundo trimestre, em vez dos 1,5 mil milhões de lucro líquido de há um ano. A receita caiu 1%, para 12,8 mil milhões de dólares.
Enquanto o resto da indústria investe muito em componentes eletrónicos com tecnologia de ponta, a Intel planeia reduzir as suas despesas de capital em mais de 20% durante todo o ano, para um montante entre 25 e 27 mil milhões de dólares. A empresa também anunciou que não irá pagar dividendos no final do ano.
“As nossas receitas não cresceram como esperado e ainda precisamos de aproveitar ao máximo as tendências poderosas, como a IA”, afirmou Pat Gelsinger, chefe da Intel, num memorando aos funcionários. “Os nossos custos são muito altos, as nossas margens são muito baixas. Precisamos de tomar medidas mais ousadas para abordar ambas as questões, especialmente tendo em conta os nossos resultados financeiros e as nossas perspetivas para o segundo semestre de 2024, que são mais desafiantes do que o esperado”, acrescentou.
Intel não resiste e vê-se forçada à redução de custos
Os mercados não apreciaram de forma alguma os resultados financeiros da Intel e o anúncio de demissões de 15 mil funcionários. Com isso, as ações da empresa caíram 18,90% nas negociações pós-mercado, para 23,56 dólares. As ações caíram 39,23% no acumulado deste ano.