Obras no Hospital de Setúbal estão atrasadas

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Espera-se que um novo concurso seja lançado em breve.

Em outubro do ano passado, durante um congresso de medicina interna que decorreu no Algarve, António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, adiantou aos jornalistas que as obras de expansão do Hospital de Setúbal iriam ficar concluídas até final de 2023.

No mês seguinte, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou que o Governo iria investir sete milhões de euros no Hospital de Setúbal até 2022.

“Entre 2021 e 2022, investimentos num valor de mais de sete milhões de euros. A isto, acresce o tema da construção do novo serviço de urgência, um projeto que, neste momento, está em fase de receção de propostas, que acabará na primeira semana de dezembro”, disse na altura Marta Temido.

Já na semana passada, após mais uma reunião do Conselho de ministros, foi “autorizada a realização de despesa relativamente à reprogramação dos encargos plurianuais do Programa de Investimentos na Área da Saúde, relativamente ao investimento de construção de um novo edifício para o Serviço de Urgência do Hospital de S. Bernardo, do Centro Hospitalar de Setúbal”. Sabe-se, portanto, que o Governo autorizou um aumento das verbas para esta obra em 10 milhões de euros.

Se parece tudo em andamento, a realidade não é bem assim: as obras estão atrasadas. O concurso público caiu porque o dinheiro não cobria as propostas dos construtores.

“A verba que estava disponível para este concurso não era suficiente e, portanto, há que reprogramar novamente o lançamento do concurso. Infelizmente, são mais uns atrasos relativamente a essa obra”, disse à SIC o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins.

O projeto, que já tinha sido feito há alguns anos, está desatualizado e abaixo do preço do mercado. Daí o facto de o Governo ter anunciado um aumento das verbas. As obras de expansão são consideradas fundamentais e os constantes atrasos têm gerado desagrado juntos dos profissionais de saúde.

Convém ainda salientar que a situação no Hospital de Setúbal continua caótica. No passado fim de semana, vários doentes tiveram de ser reencaminhados para outras unidades de saúde devido à falta de pessoal. Na verdade, a falta de resposta é frequente e merece críticas da autarquia. À SIC, o presidente da Câmara Municipal de Setúbal acusa o Ministério da Saúde de dar informações que induzem em erro.

“É lamentável que, quando se trata da saúde, a informação não seja clara e transparente. Disseram que, em novembro, vieram para o hospital 60 novos médicos. É preciso dizer que esses 60 novos médicos são médicos que acabaram o curso e que vêm para aqui fazer formação. Portanto, não são profissionais que tenham as condições para prosseguir individualmente e dar resposta às necessidades”, desabafa André Martins.

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