Os novos 50 radares foram anunciados há já algum tempo pelo Ministério da Administração Interna e Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Muito já se falou sobre os novos radares de controlo de velocidade, algo que promete dar muitas dores de cabeça aos condutores e que parece promover uma verdadeira caça à multa, além de obrigar os condutores a circular a velocidades mais baixas.
Na verdade, já desde 2020 que sabíamos da iminência de novos radares, quando foi aprovado o aumento do número de locais de controlo de velocidade do SINCRO – Sistema Nacional de Controlo de Velocidade da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
Na altura, já se falava dos 50 novos radares: 20 novos Locais de Controlo de Velocidade (LCV) para o controlo de velocidade média entre dois pontos e 30 LCV de velocidade instantânea. Ora, os dispositivos já deveriam estar a funcionar, mas a verdade é que esse não é o caso.
À Agência Lusa, a ANSR justificou a demora da entrada em funcionamento deste sistema “com o atraso do fornecimento dos equipamentos decorrente da situação excecional nas cadeias de abastecimento resultantes da pandemia da doença covid-19, da crise global na energia e dos efeitos resultantes da guerra na Ucrânia”.
Em todo o caso, a ASNR revela que já se iniciaram os trabalhos de construção civil para a colocação dos 50 radares, “prevendo-se a entrada em funcionamento progressivamente ao longo do primeiro trimestre de 2023”.
Os novos 50 LCV serão equipados rotativamente com 30 novos radares – 10 que permitem o controlo de velocidade média entre dois pontos e 20 que apenas permitem o controlo da velocidade instantânea. Prevê-se que 80% dos novos radares sejam colocados fora das autoestradas – 30 vão ser instalados em Locais de Controlo Velocidade Instantânea (LCVI) e 20 em Locais de Controlo Velocidade Média (LCVM).
Os novos radares introduzirão em Portugal o controle de velocidade média entre dois pontos e a capacidade para medir, em simultâneo, a velocidade de vários veículos, mesmo nos casos em que estes circulam lado a lado ou a uma distância inadequada entre si.
Segundo a ANSR, os contratos de fornecimento e instalação dos novos radares de controlo de velocidade vão custar cerca de 5,6 milhões de euros.
Em vez dos radares que tal formação de civismo na condução no dia a dia