Novo algoritmo promete dar longa vida às baterias dos smartphones

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Os testes realizados mostraram que esta solução poderia duplicar a vida útil das baterias comerciais de iões de lítio, com retenção de capacidade de 80%.

Não é segredo para ninguém. Se, nos últimos anos, o setor de smartphones tem feito progressos notáveis, há um campo em que as melhorias avançam de forma muito lenta ou quase nula, e estamos a falar das baterias. Para tentar minimizar essa situação, as fabricantes apostam cada vez mais em carregamentos cada vez mais rápidos. No entanto, e mesmo com componentes mais eficientes, tem sido muito complicado aumentar a autonomia dos smartphones, e isso deve-se em muito às limitações das baterias de iões de lítio.

E assim, se por um lado já há algum tempo que estão em curso estudos para descobrir soluções alternativas para a produção de baterias, há também quem ainda acredite poder garantir melhorias às baterias feitas com esta tecnologia… e isso poderá acontecer graças a um algoritmo.

Uma equipa de cientistas da Helmholtz-Zentrum Berlin (HZB) e da Humboldt University Berlin desenvolveram uma solução alternativa de carregamento para fazer com que as baterias de iões de lítio durem muito mais do que aquilo que duram agora. O estudo em questão demonstra que as baterias tornam-se mais resistentes e mantêm uma maior capacidade energética após centenas de ciclos de descarga e recarga, alterando a forma como o carregador fornece corrente aos materiais eletrolíticos.

Os sistemas de carregamento convencionais utilizam uma corrente constante de energia elétrica externa e o estudo, analisando o que acontece durante o procedimento de carregamento, descobriu que a interface de eletrólito sólido (SEI) do ânodo era “significativamente mais espessa”. Além disso, foram encontradas mais rachas nas estruturas dos elétrodos feitos de NMC532 e grafite (material utilizado em baterias comerciais).

Um SEI mais espesso e mais rachaduras nos eletrodos levam a uma perda significativa de capacidade das baterias de iões de lítio e, por isso, a equipa de cientistas desenvolveu um protocolo de carregamento baseado em corrente pulsada.

Pois bem, depois de carregar as baterias com este novo protocolo, os investigadores descobriram que a interface SEI era muito mais fina e que os materiais dos elétrodos tinham sofrido menos alterações estruturais. Os testes realizados mostraram que esta solução poderia duplicar a vida útil das baterias comerciais de iões de lítio, com retenção de capacidade de 80%.

Contudo, ainda vamos ter de esperar para saber se este estudo será realmente explorado na área comercial. Mas se acham que o mesmo é interessante, podem ter acesso ao mesmo aqui.

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