Foi há precisamente duas semanas, a partir das 00h do dia 15 de abril, que os motoristas de matérias perigosas deram início a uma greve que, durante quatro dias, deixou Portugal à beira do caos. Bombas fechadas e postos lotados foram algumas das consequências provocadas pela falta de combustíveis devido à paralisação do sector.
Agora, parece que uma nova greve está iminente.
É o que diz o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), uma vez que não houve qualquer acordo com a ANTRAM. E isto quererá dizer que, se não houver acordo dentro de uma semana, Portugal vai passar novamente por uma seca de combustíveis.
Quando a anterior greve terminou, ficou acordado de que iriam começar negociações para que os motoristas de matérias perigosas pudessem ter melhores salários e condições de trabalho. O SNMMP reinvidica salários de 1200€ para os profissionais daquele setor, além de um subsídio de 240€ e a redução da idade de reforma.
“Se somarmos todos os complementos que são atribuídos aos motoristas e o salário base de 630 euros dá um valor próximo de dois salários mínimos e é isso que reivindicamos para salário base, que ficaria indexado ao salário mínimo nacional, acompanhando os respetivos aumentos”, referiu Francisco São Bento, presidente do sindicato à agência Lusa.
Já o subsídio de 240€ que o sindicato pede deve-se a compensar pelo constante contacto destes motoristas com matérias químicas nocivas.