Junho, um mês de calor e forte em música Pop, com uma mão cheia de lançamentos assinaláveis, dentro do género.
O mês de junho foi bastante quente a nível musical. No entanto, o que quero realmente assinalar com este artigo é que incluí os álbuns a ouvir no segundo semestre de 2024.
Aaron Frazer – Into The Blue
Género: Contemporary Soul
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Into The Blue, de Aaron Frazer, tem nele contido uma metástase positiva de um soul multifacetado que mistura elementos do passado com os do presente, dando vislumbres do que pode ser o futuro do género. O contributo de Frazer já não é estranho dentro do que é o soul moderno e, com este álbum, pode-se constatar um esforço extra na consolidação do seu lugar ao lado de grandes nomes do panorama atual do género.
A produção, com mão de Alex Goose, incorpora elementos de hip-hop, adicionando dinamismo às batidas relaxadas. Apesar de, numa primeira rodagem, as canções parecerem muito semelhantes, quanto mais ouvimos mais notável se torna o que as destacam. Nota em particular para o dueto belíssimo com a chilena Cancamusa, em “Dime”, que evoca uma nostalgia por um romance florescente.
Olhando para Into The Blue à distância, mas com olhos de ver, pode-se dizer que este é é um álbum sólido, que explora e expande os limites do soul contemporâneo.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Into The Blue
> Fly Away
> Dime (ft. Cancamusa)
> Time Will Tell
Aurora – What Happened To The Heart?
Género: Art Pop/Indie Pop
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Em maio brilhava na colaboração com os Bring Me The Horizon em “Limousine”, já em junho brilha em nome próprio com What Happened to the Heart?. Temos lugar marcado na fila da frente para a jornada emocional de Aurora, que explora temas de cura pessoal, em contraste com sentimentos auto-destrutivos, como o medo, a dissociação e a raiva.
À semelhança da artista sensacional que é Aurora, temos a produção deste álbum que é, francamente, monumental. Nele vemos a essência da criação de um mundo sonoro vulnerável e curativo, que mexe com qualquer um que o ouça com atenção.
A imagem etérea da artista, caracterizada por sonoridades e vocalizações que nos fazem levitar, metaforiza-se com a exploração de temas com uma substância mais definida, mostrando a intensidade do seu lado mais sombrio. Por outro lado, este predisposição mais exploratória, compromete um pouco a coesão do álbum, que balanceia entre as baladas habituais e um pop mais dançante.
A pequena imperfeição perpetuada pela falta de coesão não compromete What Happened to the Heart?. Este é um álbum rico e ambicioso a nível emocional, provando que a força e a vulnerabilidade podem andar de mãos dadas.
Classificação do álbum: ★★★★½
Músicas a ouvir:
> Echo of my Shadow
> To Be Alright
> Your Blood
> When The Dark Dresses Lightly
> Dreams
> The Blade
Bonny Light Horseman – Keep Me on Your Mind/See You Free
Género: Folk
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Keep Me on Your Mind/See You Free, de Bonny Light Horseman, é o álbum modelo de profundidade emocional, harmonias vocais e atenção aos detalhes sonoros. Tendo como base um género já pouco explorado (e sem grandes produções de destaque), esta é uma obra revitalizante, que revela novas camadas a cada audição – se bem que muito do que torna este álbum especial, são as harmonias vocais de Eric Johnson e Anais Mïtchell.
Bonny Light Horseman é o produto de uma junção que funcionou lindamente, muito devido à relação musical harmoniosa que os seus membros têm entre si e, agora com mais experiência e habilidade que nunca, pode-se dizer que todos os elementos deste trio maravilha estão no seu auge.
Este álbum destaca-se pelo seu charme, honestidade e turbilhão emocional, que se estende ao longo de 63 minutos e 18 faixas, na maioria fortes e impactantes, e nelas correm temas inevitáveis com o passar do tempo. Fala-se sobre o envelhecimento e a saudade doutros tempos, pautado por sonoridades com sabor a luz suave de fim de tarde.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Keep Me on Your Mind
> Lover Take It Easy
> I Know You Know
> When I Was Younger
> Tumblin Down
Charli XCX – BRAT
Género: Electropop/Dance
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Bem-vindos ao álbum do ano 2024 (e a um dos mais revolucionários da música moderna). Brat. de Charli XCX. é um marco histórico de pop contemporâneo. A inovação e criatividade definem a base do álbum, mas são os inúmeros elementos da cultura de dança, juntamente com influências pessoais da artista que o tornam tão único e espantoso.
O som, produzido em colaboração com AG Cook, é intenso, complexo e envolvente, amplificando tanto os momentos energéticos, como profundezas vulneráveis da música da artista.
Para além de todas as virtudes sonoras, Brat é um álbum honesto e direto. Equilibra canções perfeitas para qualquer festa que se preze, por o quão vibrantes são e, em simultâneo, música para se ouvir com o intuito de conhecer melhor uma artista tão peculiar, dadas as reflexões pessoais e emoções profundas patentes. Este misto sensacional e pessoal demonstra a capacidade de Charli XCX em unir a acessibilidade universal com a sua visão única e expansiva do que tem na calha para o futuro do pop.
Em todas as caixas que verificam o quão completo é um álbum, com BRAT há um uma cruz em praticamente todas elas. Nas que referi anteriormente, mas também nas de harmonias vocais, de atenção aos detalhes sonoros e de uma composição habilidosa. Tudo isto (e tendo em conta o que foi lançado anteriormente), solidifica Charli XCX como a mais inovadora estrela pop desta geração.
Classificação do álbum: ★★★★★
Músicas a ouvir:
> 360
> Club Classics
> Talk Talk
> Everything Is Romantic
> Rewind
> Girl, So Confusing
> B2b
> I think about it all the time
Gracie Adams – The Secret of Us
Género: Pop/Indie Pop
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The Secret of Us é uma surpresa deveras agradável. Com este disco, Gracie Abrams dá um importante e seguro passo na sua carreira. A evolução sonora precisa de ser elogiada, com Abrams a adotar um estilo mais sóbrio e robusto.
As letras são introspetivas, sem pecar na falta de emoção, especialmente em “Close to You” – o ponto alto do álbum, combinando sintetizadores retro com uma abordagem lírica mais leve. O progresso é evidente e parece-me que Abrams está no caminho certo para o sucesso global, mas, ainda assim, não foi com este álbum que Abrams entra na discussão com artistas como Olivia Rodrigo ou Taylor Swift.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Felt Good About You
> Risk
> I Love You, I’m Sorry
> us. (ft. Taylor Swift)
> Close To You
Lola Young – This Wasn’t Meant For You Anyway
Género: Indie Pop/Pop
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A confiança de Lola Young enquanto artista não é novidade, mas com This Wasn’t Meant For You Anyway torna-se ainda mais irrevogável… Isso e a sua maturidade, que dão força à sua identidade artística. Ainda que pequenos travos de ansiedade e franqueza de Young possam gerar algumas dúvidas sobre a essência da artista, esta tem o carisma e potencial necessário para fazer sobressair ainda mais a sua identidade tão própria e única.
A composição do álbum é algo crua, calorosa, pessoal e poética, o que é uma surpresa algo impressionante sabendo que Young ainda é nova.
Para além disso, a sua capacidade vocal, quando somado a sua garra e carisma, parece ser mais do que suficiente para trilhar caminho como um diva moderna e atual.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Good Books
> Wish You Were Dead
> Big Brown Eyes
> Messy
Mono – Oath
Género: Post-Rock
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Que viagem linda! Oath é a produção mais recente dos japoneses Mono e mistura com engenho os elementos característicos da banda para criar um universo sonoro envolvente.
Este álbum colmata duas décadas de colaboração artística, oferecendo uma experiência profundamente imersiva, ainda que seja inteiramente instrumental.
Oath não reinventa a roda, mas é bem conseguido, com vários momentos altos, espalhados um pouco por ele todo, recorrendo ao padrão habitual entre sons altos e baixos para causar impacto. Ainda que reconheça que não tenha o impacto de trabalhos passados, como as alturas emocionais de “Hymn to the Immortal Wind” ou a intensidade cerebral de “Pilgrimage of the Soul“, não deixa de ser mais uma vitória para os Mono.
Classificação do álbum: ★★★★½
Músicas a ouvir:
> Oath
> Then, Us
> Run On
> Hear The Wind Sing
NxWorries – Why Lawd?
Género: R&B/Soul
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Why Lawd? é uma produção agridoce de Knxwledge e Anderson .Paak que aborda perda e saudade, mas com uma vibração positiva, sem nunca ressonar como previsto ou penetrar como o desejado.
Há entendimento entre os dois artistas, tendo, de um lado, os samples de Knxwledge e, do outro, o flow que Paak acrescenta às músicas, evocando uma atmosfera bastante aprazível. Os vislumbres honestidade e crueza que Yes Lawd! mostrou são mais evidentes neste álbum.
Voltando ao ponto com que abri, apesar deste ser um álbum sem quaisquer falhas, também é um álbum que tem pouco que o destaque, e o que tem acaba diluído na sua extensão algo exagerada para substância da maioria das suas faixas – que parecem enchimento. Esse enchimento perde ainda mais pela repetitividade lírica sem grande essência ou interesse.
Em suma, Why Lawd? é um álbum com as suas falhas, mas a química entre os dois artistas existe. Fica a esperança de um dia ser explorada, assim como foi com Silk Sonic.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Where I Go (ft. H.E.R.)
> FromHere (ft. Snoop Dogg & October London)
> HereIAm
> WalkOnBy (ft. Earl Sweatshirt)
Omar Apollo – God Said No
Género: Indie Pop/R&B
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O álbum God Said No é um trabalho de alguém que sabe onde quer ir, mas sem saber muito bem como. Emocionalmente é intenso e introspetivo, explorando a dor, mas essa exploração é feita através de uma panóplia de géneros musicais, criando um lacuna a nível de coesão. O ponto positivo é que esta aparente desordem nos permite ter a noção de que a voz expansiva de Omar Apollo encaixa em várias abordagens musicais.
E, assim, vamos sendo surpreendidos com uma ampla gama de emoções, com transições abruptas de estilo e uma tonalidade vocal que faz lembrar Frank Ocean (o que é um elogio).
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Spite
> Plane Trees (ft. Mustafa)
> Life’s Unfair
> Dispose of Me
Tems – Born In The Wild
Género: R&B/Afrobeats
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Born in the Wild, de Tems, incorpora elementos de dois mundos (R&B e Afrobeats), demonstrando a a sua naturalidade no processo de fundir sons e tempos contrastantes.
Vejo ambição e ousadia neste projeto, mas também vejo segurança e sinceridade, refletindo o trabalho árduo de Tems e marcando, assim, uma nova etapa na sua carreira.
Há um esforço da artista em fazer este álbum funcionar, onde se destaca a conexão que estabelece com o ouvinte através de sua voz suave. Esforço esse que já lhe valeu comparações com artistas de renome como Lauryn Hill ou Sade.
Embora o álbum abra cheio de intenção, o seu desenrolar é em fogo brando, recompensando quem tem paciência para “arder” lentamente com ele.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> Born In The Wild
> Burning
> Wickedest
> Get Right (ft. Asake)
Towa Bird – American Hero
Género: Alternative Rock/Indie Rock
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Que lufada de ar fresco desprovida de qualquer seriedade é o álbum American Hero. Ainda que seja notável alguma falta de coesão, Towa Bird trouxe-nos o seu melhor jogo de pop-punk cheio de vida e energia, prometendo mais de meia hora de diversão a um ritmo constante, sem preocupações.
No entanto, se procuram algo mais profundo, estão a bater à porta errada, porque American Hero é simples e alegre. Se havia muito por onde pegar de forma a criar uma obra mais madura? Havia. Mas no fundo, Towa Bird já fez o mais difícil: mostrar que ideias não lhe faltam.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir:
> FML
> Drain Me
> Last Dance
Outros álbuns a ouvir:
> Alfie Templeman – Radiosoul
> Amanda Bergman – Your Hand Forever Checking on My Fever
> Good Looks – Lived Here for a While
> Normani – Dopamine
> Nathaniel Rateliff & the Night Sweats – South Of Here
Extended play do mês: WayV – Give Me That
Género: K-Pop
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O grupo de K-Pop chinês do coletivo NCT está de volta e, com Give Me That, não falha com as expectativas que tem vindo a criar. Um trabalho cheio de flow e energia, como já seria de prever.
Classificação do álbum: ★★★★
Músicas a ouvir: Give Me Love//She A Wolf//New Ride
Álbuns essenciais – 2o semestre de 2024
A partir de junho, apesar de continuar a ter tempo para me manter a par com a música, deixei de ter tempo para escrever. Então, em vez de entrar numa luta contra o tempo para apanhar todos os artigos em atraso, vou apenas deixar uma lista de álbuns que vale a pena ouvir, lançados entre julho e dezembro de 2024.
Berwyn – Who Am I || R&B/Hip-Hop || ★★★★
Cassandra Jenkins – My Light, My Destroyer || Ambient Pop/Folk Pop || ★★★★★
Cat Burns – early twenties || Pop || ★★★★
Childish Gambino – Bando Stone & The New World || Rap || ★★★★
Clairo – Charm || Soft Rock/Sophisti-Pop || ★★★★½
Crack Cloud – Red Mile || Post Rock/Post Punk || ★★★★
Johnny Blue Skies & Sturgill Simpson – Passage Du Desir || Alternative Country/Progressive Country || ★★★★½
Kasabian – Happenings || Experimental Pop/Art Pop || ★★★★
Los Campesinos! – All Hell || Indie Rock || ★★★★½
NCT 127 – Walk || K-Pop || ★★★★
Rema – Heis || Afrobeats/Amapiano || ★★★★
Remi Wolf – Big Ideas || Dance-Pop, Synth Funk || ★★★★★
[EP do mês] Stray Kids – ATE || K-Pop || ★★★★
Beabadoobee – This Is How Tomorrow Moves || Indie Rock || ★★★★½
Cassyette – This World Fucking Sucks || Alt-Rock/Metal || ★★★★
Doechii – Denial Is a River || Rap || ★★★★½
Fontaines D.C. – Romance || Alt-Rock/Post-Britpop || ★★★★★
Foster the People – Paradise State of Mind || Indie Pop/Synth Pop || ★★★★
Illuminati Hotties – Power || Indie Rock/Pop Rock || ★★★★
Jack White – No Name || Garage Rock/Blues Rock || ★★★★½
JPEGMAFIA – I Lay Down My Life For You || Rap/Hip-Hop || ★★★★
Magdalena Bay – Imaginal Disk || Synth Pop/Dance Pop || ★★★★★
Nick Cave & the Bad Seeds – Wild God || Alternative Rock/Experimental Rock || ★★★★½
Quivers – Oyster Cuts || Indie Rock || ★★★★
Ravyn Lenae – Bird’s Eye || R&B || ★★★★
Tinashe – Quantum Baby || R&B || ★★★★
[EP do mês] LE SSERAFIM – Crazy || K-Pop || ★★★★
Dolores Forever – It’s Nothing || Indie Pop || ★★★★
Fred Again – Ten Days || House || ★★★★
Gia Ford – Transparent Things || Alt-Pop || ★★★★
Honeyglaze – Real Deal || Indie Rock || ★★★★
Jamie XX – In Waves || Electronic || ★★★★½
LL Cool J – The Force || Hip-Hop || ★★★★
MJ Lenderman – Morning Fireworks || Alt-Country/Country Rock || ★★★★★
Mustafa – Dunya || Folk || ★★★★
Nilüfer Yanya – My Method Actor || Indie Rock/Alt-Rock || ★★★★★
Porches – Shirt || Indie Rock || ★★★★
The Hinds – Viva Hinds || Garage Rock || ★★★★½
Toro Y Moi – Hole Erth || Emo Rap || ★★★★½
Amyl and the Sniffers – Cartoon Darkness || Punk Rock || ★★★★
Caribou – Honey || House || ★★★★
Charli XCX – Brat and it’s completely different but also still brat || Pop || ★★★★½
Confidence Man – 3AM (La La La) || Electronic || ★★★★
Half Waif – See You At The Maypole || Indie Pop || ★★★★½
Laura Marling – Patterns In Repeat || Indie Folk || ★★★★
Pom Pom Squad – Mirror Starts Moving Without Me || Pop Punk || ★★★★
Porridge Radio – Clouds in the sky they will always be there for me || Indie Rock || ★★★★½
Soccer Mommy – Evergreen || Indie Rock || ★★★★½
Thee Sacred Souls – Got A Story To Tell || Soul || ★★★★
The Smile – Cutouts || Art Rock || ★★★★
Tyler, The Creator – Chromakopia || Rap/Contemporary R&B || ★★★★★
[EP do mês 1] aespa – Whiplash || K-Pop || ★★★★★
[EP do mês 2] Kiss of Life – Lose Yourself || K-Pop || ★★★★½
Du Blonde – Sniff More Gritty || Glam-Rock || ★★★★½
Father John Misty – Mahashmashana || Art-Pop/Orchestral Pop || ★★★★
Haley Heynderickx – Seed of a Seed || Folk || ★★★★
Kendrick Lamar – GNX || Rap || ★★★★★
Kim Deal – nobody Loves You More || Alternative Rock || ★★★★½
Linkin Park – From Zero || Nu Metal/Alt-Rock || ★★★★
Michael Kiwanuka – Small Changes || Soul/Folk Rock || ★★★★
Mount Eerie – Night Palace || Avant-Folk/Post-Rock || ★★★★
Poppy – Negative Spaces || Metalcore/Alternative Metal || ★★★★★
The Cure – Songs of a Lost World || Gothic Rock/Space Rock || ★★★★½
[EP do mês] XG – HOWLING || K-Pop || ★★★★½
