O novo museu só é possível concretizar com a já prevista cedência de utilização do Forte de Santo António da Barra ao Município de Cascais por um período de 50 anos pela Direção Geral do Tesouro.
Rente ao mar, o mesmo mar que viu partir as caravelas para “dar novos mundos ao mundo”, o Forte de Santo António da Barra, “de Salazar”, no Estoril, deverá, a médio prazo, vir a albergar o Museu do Mar e da Língua.
Projeto do professor Luís Reto, co-autor do Atlas da Língua Portuguesa, aquele que será o novo espaço museológico do concelho contemplará uma exposição permanente sobre a língua portuguesa como ativo global e um serviço educativo no espaço do forte.
O projeto contará também com uma forte componente virtual, não se esgotando naquele espaço físico. A este nível, será desenvolvido um portal com os principais indicadores sobre a língua portuguesa no mundo. Serão também desenvolvidas exposições temporárias e atividades culturais relacionadas com a língua portuguesa tanto presenciais como à distância.
O novo museu só é possível concretizar com a já prevista cedência de utilização do Forte de Santo António da Barra ao Município de Cascais por um período de 50 anos pela Direção Geral do Tesouro. Ganha, assim, corpo a ideia da Câmara Municipal quando, em 2019, chamou a si a salvaguarda do Forte travando a degradação, retirando toneladas de lixo e vegetação e levando a cabo uma operação de “lifting” para que o forte pudesse abrir ao público a 25 de abril de 2019.
Em três anos, Cascais assumiu sempre a gestão, segurança e manutenção possível deste património. Agora, com a concessão mais dilatada no tempo, por 50 anos, vão ali ser desenvolvidas obras de fundo e implementado o Museu da Mar e da Língua, devolvendo ao forte a dignidade que merece e colocando-o ao serviço dos cidadãos.