Há moradores em Campo de Ourique contra a futura estação de metro no Jardim da Parada

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Os munícipes exigem uma solução alternativa.

O Metro de Lisboa continua a expandir, de modo a acompanhar a evolução da cidade de Lisboa. Fomenta a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promove a redução dos tempos de deslocação, a descabornização e a mobilidade sustentável.

O Metro de Lisboa rapidamente se expandiu no centro da capital portuguesa e chegou a outros concelhos limítrofes, numa lógica de apoio ao planeamento integrado dos transportes urbanos com os suburbanos, disponibilizando interfaces que conjugam e integram vários modos de transportes.

No futuro, mais especificamente em 2026, através do prolongamento da linha vermelha de São Sebastião a Alcântara, o Metro de Lisboa disponibilizará mais quatro novas estações. Numa extensão de cerca de quatro quilómetros, Lisboa poderá usufruir das estações Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.

Ora, no passado mês de junho, o Metropolitano de Lisboa divulgou um vídeo como para resumir esta obra, e houve quem não gostasse das condições.

Basicamente, em Campo de Ourique, diz o Metropolitano de Lisboa que a estação ficará localizada junto ao Jardim da Parada. Nesta zona de planalto, a profundidade do traçado da via é de cerca de 35 metros e a solução construtiva será em NATM. Esta estação representa um grande desafio do ponto de vista da construção devido à malha urbana apertada. Trata-se de uma zona central de Campo de Ourique, onde a implantação de acessos da estação no Jardim da Parada não terá impacto significativo na harmonia e arranjo paisagístico do jardim.

Mas há quem não tenha ficado convencido com esta situação, tanto que um grupo de residentes na freguesia criou um movimento pela preservação do Jardim da Parada, exigindo uma solução alternativa.

Segundo o movimento cívico Salvar o Jardim da Parada, o Jardim da Parada trata-se de “um jardim histórico e dos poucos espaços verdes de Campo de Ourique” e a obra prevista implica “o abate de algumas árvores e sobretudo alterando as condições edáficas do solo, colocando directamente em risco árvores classificadas e indirectamente todas as outras”.

“Tudo foi apresentado como definitivo ao arrepio das dezenas de intervenções de moradores contra esta escolha”, indica o movimento, referindo que foi pedido ao Metropolitano que cedesse os estudos que permitiram escolher o local para a nova estação e que fossem colocados no site da junta, para que todos os interessados pudessem. E como esses estudos não foram disponibilizados, os munícipes resolveram criar este movimento, “com o objetivo de salvaguardar a integridade física, patrimonial e ambiental que define o conjunto de biodiversidade deste jardim”.

“Também decidimos iniciar o processo de recolha de assinaturas quer com presença física no coreto do jardim, quer colocando o abaixo-assinado em quase todo o comércio no perímetro do jardim, de modo a que todos os moradores tivessem acesso”, explica o grupo.

“É o único jardim do bairro, património natural, local de encontro e fruição de gerações, crianças e adultos, apropriado há muito pela população, e não pode ser sacrificado para a construção da estação do Metropolitano. Somos pela preservação da integridade do jardim, que é de todos. A melhoria da mobilidade é desejável, mas não à custa da sua destruição e da destruição das suas árvores centenárias”, lê-se no abaixo-assinado.

O prolongamento da linha vermelha encontra-se previsto no Plano de Recuperação e Resiliência 2021/2026 e conta com um investimento europeu de 304 milhões de euros.

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