A Microsoft tomou ação após surgir regularmente associada a diversas campanhas de phishing.
A Microsoft anunciou que obteve a autorização de bloqueio de 240 sites associados a uma rede de cibercriminosos, após iniciar uma ação judicial nos Estados Unidos. “O departamento de crimes cibernéticos da Microsoft apreendeu 240 sites fraudulentos associados a um consultor de ataques cibernéticos baseado no Egito”, revelou o grupo.
A Microsoft explicou que iniciou uma ação legal num tribunal da Virgínia, nos Estados Unidos, que tem como alvo um indivíduo chamado Abanoub Nady, a quem acusa de ter vendido pacotes de hacking prontos para utilização online desde 2017. Os kits em questão, vendidos principalmente no Telegram, possibilitavam o envio de e-mails em massa que imitavam as comunicações da Microsoft e incentivavam os destinatários a clicar em links fraudulentos, ou seja, aquilo que habitualmente é chamado de phishing.
“Muitos cibercriminosos e indivíduos envolvidos em ameaças online compraram esses kits e usaram-nos em grandes campanhas de phishing para contornar medidas de segurança e obter acesso às contas da Microsoft dos utilizadores”, continuou a empresa. Os e-mails enviados através desse método representaram uma parte significativa das dezenas de milhões de e-mails fraudulentos que a empresa observou todos os meses.
Graças a uma decisão do tribunal da Virgínia, os 240 sites fraudulentos ficaram inacessíveis. O grupo especificou que iniciou esta ação legal com a fundação Linux. O organizador da venda de pacotes de hacking utilizou o nome ONNX, que é uma marca registada da Linux, para vender os seus produtos.
Microsoft ataca sites associados ao phishing
Com isto, a Microsoft espera enviar uma mensagem forte aos cibercriminosos e esclarece que está consciente de que esta medida terá apenas um efeito temporário e limitado no phishing, dada a multiplicação de métodos e atores envolvidos no cibercrime.
