É o que diz um novo estudo.
Na passada quinta-feira, dia 10 de novembro, o professor José Mendes apresentou na Câmara Municipal de Guimarães o relatório preliminar de um estudo desenvolvido por uma equipa de técnicos por si coordenada e cujo objetivo geral é avaliar a viabilidade de uma ligação entre a cidade de Guimarães e a futura estacão ferroviária de Alta Velocidade do Minho.
Este estudo baseia-se no pressuposto de se tornar um documento de apoio à tomada de decisão por parte da Câmara Municipal de Guimarães, na qualidade de autoridade de transportes, e do Governo da República, na qualidade de tutela da rede ferroviária e dos mecanismos de financiamento nacional e europeu.
Na sua nota introdutória, é dito que Guimarães é, inequivocamente, uma das cidades de maior relevância em Portugal, “de entre aquelas que não se localizam nas áreas metropolitanas, a avaliar pelo poder da sua economia exportadora, das suas instituições de ensino superior, dos seus centros de investigação, desenvolvimento e inovação e da sua atividade cultural e desportiva”. Esta constatação reforça a necessidade da entrada imediata de Guimarães “na rota dos investimentos em infraestrutura de mobilidade apoiados centralmente, quer por fundos nacionais, quer europeus”.
O estudo avalia três possibilidades – a utilização da ferrovia convencional, do chamado Metro de Superfície e do sistema BRT – Bus Rapid Transit –, todos eles através de uma ligação dedicada. e tem em conta o tempo da conexão, o custo e prazo de execução, o valor estratégico e a probabilidade de êxito face às políticas nacionais. De entre as três possibilidades, aquela que obtém melhor avaliação é a utilização de uma ligação dedicada através de BRT entre Guimarães e Braga, em detrimento da ferrovia convencional (que ligaria Guimarães ao Porto) e do metro de superfície (que ligaria Guimarães a Famalicão e posteriormente ao Porto ou a Braga).
A avaliação tem também a componente da viabilidade de aprovação da candidatura em face dos valores envolvidos, uma vez que será realizada ao abrigo do quadro de apoio Portugal 2030.