Metro de superfície entre Odivelas e Loures vai ficar muito mais caro que o previsto

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Estará concluído, caso não surjam mais atrasos, até ao final de 2026.

Foi a 5 de julho de 2021 que a Câmara de Loures assinou o protocolo que permitirá a criação de uma linha de metro ligeiro de superfície no concelho.

A nova linha de metro ligeiro de superfície irá ligar o concelho de Loures – servindo, de forma direta, as freguesias de Loures e de Santo António dos Cavaleiros e Frielas – à estação de Odivelas do Metropolitano de Lisboa. Esta linha em “C” contaria com uma extensão total de cerca de 13 quilómetros e teria dois braços: um com término no Hospital Beatriz Ângelo e outro no Infantado.

“Vai permitir retirar muitos veículos privados de circulação”, disse na altura Bernardino Soares, o então presidente da Câmara de Loures, destacando o “impacto grande” que este investimento teria a nível ambiental.

Mas isto já se sabia. Em janeiro deste ano, foram disponibilizados disponíveis para consulta pública vários documentos sobre esta expansão do Metro de Lisboa, neste caso da Linha Violeta. E após essa consulta pública, houve mudanças no projeto.

É que, devido a um abaixo-assinado de moradores que contestam a passagem do transporte ferroviário na principal artéria do bairro, a Av. das Descobertas, o que levaria à extinção de lugares de estacionamento, redução dos canais de circulação rodoviária e corte de algumas palmeiras, entre outras queixas apontadas, o projeto sofreu alterações.

Quais? Bom, ao invés de ter 13 quilómetros, a linha Violeta vai ter menos um quilómetro, totalizando assim 12 quilómetros de extensão. E isto deve-se ao “corte” de estações: eram 19, passam a ser 17. Saem de cena, portanto, as estações Infantado e Quinta de São Roque, o que vai fazer com que esta nova linha termine na estação Várzea de Loures, a ficar localizada junto ao LoureShopping.

Outra novidade é a relocalização da estação Planalto da Caldeia, que deverá ser construída numa zona anexa ao parque de estacionamento do Centro Comercial Continente de Loures. No entanto, esta nova localização pode não ser efetivamente a final, por motivos de cariz ecológico, pelo que se aguarda novas informações.

Além disso, também a estação Hospital Beatriz Ângelo irá mudar de lugar, “de modo a facilitar o acesso e prestar um melhor acesso aos utentes que se deslocam a esta unidade hospitalar”, disse a Câmara Municipal de Loures ao Público.

As obras desta linha Violeta deverão iniciar no primeiro trimestre de 2024, ou seja, até março de 2024, terminando no segundo semestre de 2026, isto é, até dezembro de 2026, de modo a poder usufruir do PRR Português.

E por falar em PRR, houve uma reprogramação da despesa para esta empreitada. É que, inicialmente, estava assegurado um investimento de 250 milhões de euros. Mas essa despesa foi revista em alta, uma vez que o Conselho de Ministros autorizou um financiamento de 390 milhões de euros do PRR. Sim, são mais 140 milhões face ao investimento inicialmente estimado.

O valor total desta obra é, no entanto, de 527,3 milhões de euros, pois aos 390 milhões do PRR, soma-se 137,3 milhões do Orçamento do Estado para 2024.

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