Marvel’s Spider-Man recebeu o último episódio da trilogia de conteúdos pós-jogo, Silver Lining, da expansão The City That Never Sleeps. Nesta nova adição, que é, até agora, o último conjunto de conteúdos descarregáveis de Marvel’s Spider-Man, o herói aracnídeo conclui a sua jornada com novos desafios, desbloqueáveis e aventuras de história.
Depois de um episódio bastante morno, em Turf Wars, Silver Lining não só eleva a fasquia ao apresentar missões com momentos ao nível do que encontramos no jogo base, como também se revela o melhor dos três episódios.
Em Silver Lining, continuamos a história iniciada em The Heist e temos o regresso de uma das personagens secundárias do jogo base, Silver Sable, que, aqui, vai acompanhar Spider-Man na tentativa de recuperar as suas tecnologias deixadas pela cidade de Nova Iorque depois dos eventos do final do jogo, que se encontram agora na posse do temível Hammerhead.
Com sensivelmente três horas de história (o semelhante aos conteúdos anteriores), temos aqui missões bem mais variadas do que nos dois últimos episódios, como mais momentos de perseguição, de ação furtiva e alguma exploração. Entre eles, encontramos ainda cinemáticas de alta qualidade recheadas de diálogos e interações deliciosas entre as personagens.
Essas interações mantêm-se, também, via chamadas enquanto navegamos na cidade, onde Peter Parker expande a sua relação com MJ e Miles Morales, abrindo portas a futuros eventos que poderão ser explorados noutros DLCs ou até numa sequela.
Quanto a Silver Sable, a sua aparição não é passageira. À semelhança de The Heist, a mercenária está quase sempre presente e revela algum desenvolvimento de personagem que não foi possível no jogo base.
Ao longo deste episódio, vemos Spider-Man, com a sua postura descontraída e divertida, a tentar ganhar a confiança de Silver Sable, que é fria e letal, resultando numa dinâmica muito interessante e semelhante à de um filme de buddy-cop.
A trama principal fecha os eventos iniciados em The Heist, mas infelizmente joga pelo seguro ao focar-se apenas no essencial de um forma pouco emotiva e por vezes até fria. São vários os momentos de grande potencial que apontam para algo maior e que não encontram nenhum tipo de resolução, dos quais é até difícil imaginar ou prever futuras histórias.
Silver Lining inclui novos desafios, entre eles uma fação de inimigos atualizada. Hammerhead conta agora com um exército bem equipado com a tecnologia Sable, que se apresenta desafiante, sendo necessário dar uso de todas as nossas habilidades ao ponto de requerer que o jogador tenha todos os upgrades possíveis já desbloqueados.
Felizmente, os vilões mais chatos, apresentados nos episódios anteriores já não estão tão presentes, o que torna os confrontos bem mais divertidos e fluidos.
Mais uma vez, vamos contar com novas áreas para limpar, crimes para parar e novos desafios da Screwball, que nos dão tokens para nos ajudar a desbloquear habilidades.
E claro, temos também três novos fatos para desbloquear onde se inclui o fato de Spider-Man do recente filme Spider-Man: Into the Spider-Verse.
Silver Lining surge numa altura perfeita, tendo em conta o lançamento gratuito do fato dos filmes de Sam Raimi. Uma vez que Silver Lining se passa num período em que a cidade aparece iluminada em tons de laranja, usar este novo fato torna-se numa experiência muito nostálgica para quem cresceu com o Spider-Man de Tobey Maguire.
Em retrospetiva, e apesar de deixar muita coisa em aberto, Silver Lining é uma boa e satisfatória conclusão de The City That Never Sleeps, que, em particular para os fãs deste exclusivo PlayStation 4 que querem mais razões para atirar as teias pelas ruas de Nova Iorque, pode muito bem valer a pena o passe de temporada.
Marvel’s Spider-Man: Silver Lining faz parte do pacote The City That Never Sleeps que pode ser adquirido (atualmente) em formato digital por 12,99€ na PS Store e que é gratuito para todos os jogadores da Edição Deluxe de Marvel’s Spider-Man.
Este conteúdo foi cedido para análise pela PlayStation Portugal.