Mallu Magalhães – A “Esperança” de volta ao Campo Pequeno

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O Campo Pequeno dançou e aplaudiu de pé a noite inesquecível que Mallu Magalhães proporcionou.

As luzes apagam-se. Ouvem-se os primeiros acordes de “Fases da Lua”, do novo álbum Esperança. De um palco totalmente escuro, uma voz suave e cuidadosa começa a encher o espaço. O público reage e, ainda às escuras, a primeira estrofe faz arrepiar – para muitos, este foi o primeiro concerto em muito tempo. Tal como um nascer do dia, assim que chegamos ao refrão o palco começa a iluminar-se aos poucos. Foi com uma música que tanto fala sobre as fases da lua e estrelas que a doce Mallu Magalhães abriu o palco no Campo Pequeno. E bem.

“Não falo mais porque emociono-me facilmente – mas esta noite é mesmo especial e estou em muito boa companhia”, confessou. Seguiram-se “Barcelona”, a música que ilustra de forma leve e divertida a passagem da cantora pela cidade espanhola, e “Deixa Menina”, também do novo álbum lançado este ano.

A “Sambinha Bom”, uma música mais antiga mas muito conhecida e aclamada pelos fãs, encheu a arena logo nas primeiras notas. A dança embalada de quem a ouve é como as ondas do mar e não havia quem não cantasse o clássico, tal como “Casa Pronta”, a música que se seguiu no alinhamento.

Dedicada à filha, Mallu explica que a próxima canção lhe é especial. “Antes de tocar a próxima, não posso falar muito. No concerto anterior chorei a música inteira”, disse. Numa performance intensa e dedicada, a meio ouve-se, vindo da plateia, um “Te amo, mamã!”, vindo da filha. Apesar de ser uma noite fria, o Campo Pequeno aqueceu o suficiente para se aguentar a noite toda.

Seguiram-se “Pé de Elefante”, do novo álbum, e a icónica “Navegador”, em que Mallu toca com uma guitarra elétrica vermelha e vibrante, contrastando com o seu look angelical. A luz volta a diminuir e, sentada num banco, Mallu assobia enquanto toca.

“Quando comecei a fazer música, comecei a compor – e a música era uma companhia para mim, era como uma amizade. Sentia que estava num dos momentos mais felizes da minha vida, estava em contacto com uma coisa bonita e digna de dividir. É isso que me move”, partilhou Mallu antes de cantar “Tchubaruba”. Foram vários os momentos mágicos ao longo do concerto onde a leveza da cantora invadiu o palco. Os passos de dança soltos e despreocupados combinados com os risos e gargalhadas entre as letras das músicas foram a cereja no topo do bolo. Ao tocar “As Coisas”, uma pequena gralha fê-la rir e parar o concerto. A falha perfeita, pode-se dizer, visto que o público adorou e confirmou que, na verdade, está um ser humano em cima do palco. “Pode-se falar que a gente se diverte aqui”, ri.

Já perto do fim, os clássicos “Me Sinto Ótima” e “Velha e Louca” fizeram o público cantar a plenos pulmões, visto que os primeiros êxitos de Mallu são muito acarinhados por quem a ouve. Sempre a sorrir, apresenta a banda: Fred Ferreira na bateria, Vasco Moura no baixo, Karlos Rotsen no teclado e Zé Vito na guitarra.

“Quero quero”, “America Latina”, e “Olha Só Moreno” preparam a despedida. Não termina sem antes cantar “Mais Ninguém”, êxito da Banda do Mar, da qual faz parte com Marcelo Camelo e Fred Pinto. Como uma despedida, o Campo Pequeno dança e aplaude de pé a noite inesquecível que Mallu proporcionou.

Fotos de: Cláudia Lourenço

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