London Grammar: um nome mal aproveitado num dia que não era para eles

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Era um dos nomes que mais aguardávamos nesta 23ª edição do Super Bock Super Rock. Os londrinos London Grammar estrearam-se em Portugal no passado dia 14 de julho, num dia inteiramente dedicado ao hip-hop. Podemos falar em erro de casting, em salvação para quem abomina o hip-hop, ou simplesmente referir que a voz de Hannah Reid é linda de morrer. Para muitos um concerto aguardado, para outros serviu para passar o tempo.

Neste caso, uma MEO Arena nem a meio gás recebeu os londrinos, num concerto que serviu de apresentação ao mais recente álbum de estúdio, Truth Is a Beautiful Thing. Sofreram do mesmo mal que os The Gift, por estarem colocados num dia nada a favor do seu estilo de música, mas, ainda assim, o apoio em relação à banda portuguesa esteve noutro nível.

A pop algo sombria, mas também encantadora da banda inglesa (que também mistura eletrónica e trip hop) encheu os corações dos verdadeiros fãs que por ali andavam. Suportados apenas por um pano por onde passavam fotos de belas paisagens do mundo inteiro, os London Grammar entraram em palco e logo abriram com “Hey Now”, o que fez com as dúvidas em relação à voz angelical e melancólica de Hannah fossem rapidamente dissipadas. Aliás, antes mesmo do concerto, alguém nos dizia: “Ela faz-me lembrar a Florence Welch”. Bem, existem semelhanças. Lá nisso tempos de concordar.

Ao longo do concerto, os London Grammar foram alternando entre o álbum de estreia If You Wait, editado em 2013, e Truth Is a Beautiful Thing. Escutámos temas como “Flickers” – em versão mashup com uma versão muito experimental de “Help Me Lose My Mind” -, a baladona “Wasting My Young Years” ou a fabulosa “Strong”, todas elas do primeiro registo de originais. Já do mais recente, apresentaram “Bones of Ribbon”, “Rooting for You” em versão a capella, “Big Picture” e até o tema-título do álbum Truth is a Beautiful Thing. Pelo meio, ouvimos “Nightcall”, original de Kavinsky pertencente à banda sonora do filme Drive, e, a fechar o alinhamento, “Metal & Dust”.

Pouco faladores, mas visivelmente felizes de se estrearem em Portugal (“Lisboa é uma cidade muito bonita”, disseram), os London Grammar deram um belo concerto muito em parte graças à mágica voz de Hannah Reid. É verdade que Dan Rothman e Dot Major fazem bem o seu papel, mas sem a forte presença da jovem nada faz sentido.

Despediram-se com um “obrigado! Vocês foram fantásticos.”, recebendo a mesma emoção por parte do público português. No Instagram, o Super Bock Super Rock publicou uma fotografia com a legenda “Universalidade emocional”. Da nossa parte, só temos pena que essa emoção não tenha chegado a muito mais gente.

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