Lisboa em risco de ficar sem casino e salas de espetáculos durante quase três anos

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Isto se uma das propostas apresentadas durante o concurso público for aprovada.

Até 31 de dezembro, a concessão do Casino de Lisboa está a cargo do Estoril-Sol GPS. Mas após essa data nada se sabe, uma vez que essa mesma concessão fica sem efeito a partir de 1 de janeiro de 2023 e ainda não foi definida a proposta vencedora do concurso lançado anteriormente este ano.

O concurso público internacional para a concessão do Casino Lisboa foi publicado em Diário da República no passado mês de agosto e prevê uma duração contratual de 15 anos, renovável por mais cinco anos. Foram feitas duas propostas: uma por parte da da Estoril-Sol GPS, com a atual concessão, e outra por parte da Bidluck. Tudo normal, até aqui, exceto nos valores: a Bidluck oferece mais 20 milhões que a concorrente.

Mas há um senão. É que a proposta desta empresa “propõe alterar a localização do atual Casino Lisboa e construir um novo edifício que estará em funcionamento no último trimestre de 2025”, conforme explica a UAU, produtora de espetáculos responsável pela programação do Auditório dos Oceanos e Arena Lounge, em comunicado. Ou seja, se esta proposta for aprovada, tal significará que Lisboa ficará sem casino, e respetivas salas de espetáculos, durante três anos.

Na nota enviada às redações, a UAU manifesta preocupação, uma vez que está em causa o despedimento de 18 trabalhadores. “Para além do prejuízo financeiro e impacto na empregabilidade dos trabalhadores do Casino Lisboa, estamos em contraciclo com o período de recuperação do sector da cultura após dois anos com muitas restrições e quebras devido à pandemia”, alerta Paulo Dias, director geral da UAU. “Estamos muito preocupados, pois estamos sem futuro, nós e todos os artistas com quem trabalhamos.”

A confirmar-se, o encerramento dos espaços representará “um elevado prejuízo para a UAU e uma perda significativa não só para a cidade de Lisboa, mas também para todos os portugueses”. E como se isto não fosse suficientemente mau, o projeto da Bidluck contempla ainda uma sala de espetáculos com 300 lugares, o que é menos de metade da capacidade do atual auditório, no edifício do Parque das Nações.

No primeiro semestre deste ano, o Casino Lisboa teve receitas de 30,7 milhões de euros.

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