Análise – LEGO Marvel Super Heroes 2

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Foi em 2013 que surgiu LEGO Marvel Super Heroes, considerado por muitos o melhor jogo que a TT Games (anteriormente conhecida como Traveller’s Tales) criou. Com esse título, a fasquia para uma sequela ficou elevada, sequela essa que já chegou até nós, o LEGO Marvel Super Heroes 2.

Se não jogaram o primeiro, não é obrigatório fazê-lo para perceberem o enredo deste novo capítulo. Apesar de ser uma sequela, tudo é novo, a começar pela história. Este episódio é inspirado no arco Avengers: Unleashed – Kang War One, escrito por Mark Weid e desenhado por Mike Del Mundo, que nos mostra o vilão Kang The Conquerer em viagens no tempo para criar o seu império. Neste jogo, Kang usa os poderes da Infinity Stone of Time para conquistar o universo e para criar a Chronopolis, uma metrópole gigante onde estarão juntos todos os multi-versos da Marvel.

A metrópole de Chronopolis é composta por 18 áreas que os fãs da Marvel irão facilmente reconhecer. Asgard, Manhattan, K’un-Lun e Zandar são apenas alguns dos destaques, existindo ainda algumas surpresas.

A nossa missão principal é impedir que Kang leve a melhor o seu plano, pelo que começamos a viagem, no cosmos, com os Guardiões da Galáxia e, à medida que vamos progredindo no jogo, vamos visitando outros mundos e utilizando outros heróis.

Ao todo, existem mais de 230 personagens para colecionar e experimentar, o que, à partida, torna o jogo extremamente vasto. No entanto, acaba mais por ser fogo de vista que outra coisa, especialmente quando encontramos muitas personagens que são apenas clones de um Capitão América, Homem-Aranha ou Doutor Estranho, com as mesmas habilidades e poderes. Isto é algo que poderá irritar os maiores fãs da Marvel por repararem que faltam algumas personagens icónicas, apesar desse número enorme.

LEGO Marvel Super Heroes 2 até pode apresentar uma quantidade de zonas bem diferentes para explorar e ter uma jogabilidade bastante acessível para todos os jogadores, algo que tem sido positivo em todos os jogos LEGO. Mas neste novo episódio, sentimos que já não há grandes inovações, acabando por ser um jogo apenas para colecionistas que querem completar o jogo a 100%, repetindo as mesmas áreas vezes sem conta para descobrir um ou outro caminho alternativo. Na prática, a progressão narrativa e o progresso associado assumem-se como maior foco do jogo.

A jogabilidade mantém o formato clássico destes jogos com um ritmo e desbloqueio de habilidades que acompanham bem o progresso da história, e, claro, o desbloqueio de personagens. Além do combate e movimento básicos, vamos encontrar diversos puzzles que nos farão pensar um bocadinho, e outros que até nos incentivam a jogar em modo cooperativo.

LEGO Marvel Super Heroes 2 é um jogo fácil e consistente na sua dificuldade, mas ao mesmo tempo repetitivo, especialmente nos bosses. A inteligência artificial também acaba por facilitar a vida aos jogadores, já que muitas vezes falharem ataques mesmo quando não mexemos nos comandos.

De volta estão os momentos em que temos que montar objetos e ferramentas com peças amontoadas umas em cima de outras. Apesar de ser algo que mantém a mesma fórmula, a falta de inovação nesta mecânica e a falta constante de indicadores de que há algo para construir não abona muito a favor do jogo, tornando alguns níveis aborrecidos e frustrantes.

Apesar de tudo, LEGO Marvel Super Heroes 2 consegue ser um jogo bastante divertido, muito graças aos seus visuais e humor característico que os jogos LEGO já nos habituaram.

LEGO Marvel Super Heroes 2 oferece alguma variedade e liberdade enquanto estamos dedicados ao modo história, o qual podemos jogar com outro jogador. Ainda temos o modo de Arena, onde quatro jogadores podem jogar entre si, mas infelizmente, é um modo pouco inspirado e sem grande controlo de balanço no tipo de personagens que podemos escolher.

Visualmente falando, para além da direção artística, LEGO Marvel Super Heroes 2 apresenta animações muito variadas. As personagens são distintas, apesar da formula LEGO, e há muita, mas mesmo muita cor. Só temos pena que as personagens do Universo Cinemático da Marvel não sejam dobradas pelos atores que lhes dão corpo e alma.

LEGO Marvel Super Heroes 2 estava com a fasquia elevada. Depois de uma excelente entrada em 2013, esperava-se conteúdo mais original e novas mecânicas, e não um jogo cujo sentimento que fica é de que é uma atualização com novas personagens da Marvel, que graças ao boom da cultura pop, já não são tão obscuras. Contudo, acaba sempre por ser uma boa opção para os mais jovens.

LEGO Marvel Super Heroes 2
Nota: 7/10

O jogo foi cedido para análise pela UpLoad Distribution.

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