Lançado concurso público para prolongamento da linha Vermelha até Alcântara

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Uma obra que terá de estar finalizada até 31 de dezembro de 2026.

Hoje, dia 27 de janeiro, foi finalmente lançado o concurso público relativo ao prolongamento da linha Vermelha do Metro de Lisboa entre São Sebastião e Alcântara.

“Estamos a executar ou temos comprometidos investimentos, até 2030, de cerca de 4,3 mil milhões de euros, que incluem o prolongamento das linhas de metro em Lisboa e no Porto, o financiamento de autocarros de elevada performance ambiental, a compra de embarcações elétricas para a travessia do Tejo, a aquisição de composições e de sistemas de sinalização e segurança para os metros, a construção de ciclovias e apoios à compra de viaturas elétricas”, afirmou o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, na cerimónia do 75º aniversário do Metropolitano de Lisboa.

O Ministro salientou que “a aposta num transporte público acessível e de qualidade, bem como na generalização dos veículos elétricos, que também podem ser usados em modo partilhado e autónomo, sem esquecer as formas de mobilidade ativa, como o uso da bicicleta ou as deslocações a pé, são fatores chave para a sustentabilidade e descarbonização da mobilidade”.

“Só assim atingiremos o nosso objetivo de menos 40% de emissões no setor dos transportes e da mobilidade, até 2030”, sublinhou.

De acordo com o Ministro, no ano passado, o metropolitano transportou 136 milhões de passageiros, valor 63% superior ao de 2021, mas ainda 26% aquém dos valores de 2019, quando a operação dos transportes coletivos não havia sofrido o impacto da pandemia. “Só com investimento que capacite e aumente a oferta podemos promover uma maior utilização do transporte coletivo”, referiu.

Nesse sentido, as obras da linha circular, cuja conclusão está prevista para 2024, “avançam a bom passo, com um investimento global de 331 milhões de euros”, disse, acrescentando que o prolongamento da rede, que contará com duas novas estações, é cofinanciado pelo Fundo Ambiental, pelo Fundo de Coesão e pelo Orçamento do Estado.

Segundo estimativas do Metro, no primeiro ano após entrada em exploração, a linha circular vai permitir mais 47,8 milhões de novos clientes para o Metro de Lisboa e mais de 30,8 milhões de passageiros para a rede de transportes. Por outro lado, evitará a emissão de 5 mil toneladas de dióxido de carbono.

“Mas, hoje, assinalamos o início de um novo projeto. A linha Vermelha, cujo concurso lançamos aqui, terá quatro novas estações e uma extensão de quatro quilómetros. Prevê-se que capte, num ano, mais 25 milhões de passageiros, que evite 1,9 milhões de viagens de automóvel e a emissão de 24 mil toneladas de dióxido de carbono”, destacou o Ministro.

Este é um projeto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que terá de estar concluído até 2026 e que representa um investimento de cerca de 500 milhões de euros. Aliás, esse foi mesmo o aviso deixado pelo primeiro-ministro António Costa, durante a cerimónia.

“No âmbito e no calendário do PRR, esta obra ou está concluída até às 24 horas do dia 31 de dezembro de 2026, ou então teremos um sério problema para pagar esta obra. Como não queremos problemas, só temos uma coisa a fazer: Cumprir este calendário”, disse o primeiro-ministro.

Igualmente financiado pelo PRR e decisivo para a mobilidade na área metropolitana, “o concurso para o metro de superfície em Odivelas e Loures deverá também ser lançado este ano, estando já a decorrer a consulta pública ambiental do projeto”, referiu.

Designada linha Violeta, esta nova oferta promoverá uma ligação mais rápida e estruturante entre os importantes polos dos dois municípios, estendendo-se num corredor em «C», ligando o Hospital Beatriz Ângelo ao Infantado, com transbordo e interface para Lisboa na estação de metro de Odivelas.

Com um total de 19 estações e cerca de 13 quilómetros de extensão, a linha Violeta servirá o concelho de Loures com 11 estações (nas freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas) e o de Odivelas com oito (nas freguesias de Póvoa de Sto. Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças).

“Estima-se que, num ano, a operação da linha Violeta permita o transporte de cerca de 10 milhões de passageiros e evite a emissão de mais de 4 mil toneladas de dióxido de carbono”, salientou Duarte Cordeiro.

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