Junta de Freguesia de Santa Maria Maior manifesta-se contra filmagens de filme da Netflix na baixa lisboeta

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No entanto, a junta em si não têm competências legais para impedir as filmagens.

O início desta semana fica marcado por uma publicação nas redes sociais por parte da Junta de Freguesia de Santa Maria, onde insurge-se contra as filmagens que vão acontecer em breve devido a uma produção da Netflix.

Basicamente, a produtora portuguesa Ready to Shoot irá, durante o mês de julho, entre as 18h e as 8h do dia seguinte, recorrer “a efeitos de fogo, armas de fogo, colisões entre automóveis, perseguições com automóveis e motociclos, perseguições de motociclos pelas escadas e escadinhas dos bairros e outros diversos efeitos especiais na Baixa, Chiado e Mouraria” para gravar cenas de um filme que estreará na conhecida plataforma de streaming.

Ora, a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior manifesta-se contra este plano de filmagens, devido ao impacto negativo que “causarão na qualidade de vida, no direito ao descanso e tranquilidade e no direito à mobilidade dos moradores das zonas contempladas”.

Manifestando a sua “apreensão e oposição face à possibilidade de ocupação abusiva do espaço público”, a junta de freguesia alega que as filmagens “não deixarão de provocar um grande incómodo para a população residente, sobretudo para as famílias com crianças e para os idosos. Está em causa o direito ao descanso dos moradores, assim como os direitos de circulação, acesso e estacionamento, em consequência da ocupação massiva que as filmagens acarreta”.

Ainda assim, e embora não tenha “poderes para impedir estas filmagens tal como estão previstas”, a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior não deixa de lamentar que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, “tenha já manifestado o seu entusiasmo pela sua realização, sem primeiro conhecer a opinião ou parecer da Junta de Freguesia”.

Nas redes sociais, embora alguns utilizadores concordem com o que é dito, outros aproveitam para criticar, pois consideram muito mais grave o que se passa na época dos Santos Populares, em que colunas de som ficam ligadas até de madrugada, impedindo o bom descanso dos moradores.

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