Investimento no porto de Sines é essencial, diz ministro do Ambiente

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O ministro disse ainda que há um risco “em cima da mesa” face à invasão da Ucrânia pela Rússia, responsável por mais de 40% das importações anuais de gás natural da UE.

O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que a Europa deve “diversificar as suas fontes energéticas”, acrescentando que um investimento no porto de Sines é essencial:

“Sines tem hoje capacidade para abastecer com Gás Natural Liquefeito (GNL) todo o mercado português, até é sobrante a capacidade que tem. Pode ser uma importantíssima porta de entrada para esse mesmo GNL”, disse o Ministro, após participar no seminário América Latina e União Europeia: dois parceiros estratégicos na cena mundial.

João Pedro Matos Fernandes referiu ainda que há investimentos que devem ser feitos para que tal aconteça, nomeadamente “investimento na armazenagem, investimento num novo ‘pipeline’, investimento em novas formas, mais eficientes, para descarregar esse gás dos navios”.

“Esse é um projeto essencial para toda a Europa”, afirmou, recordando “o corte de relações” entre Argélia e Marrocos, que inviabilizou o fornecimento de gás através de Espanha.

O Ministro do Ambiente disse ainda que há um risco “em cima da mesa” face à invasão da Ucrânia pela Rússia, responsável por mais de 40% das importações anuais de gás natural da UE:

“É essencial termos outras portas de entrada desse mesmo gás para a Europa e é essencial para Portugal que este ‘pipeline’ venha a ser feito, porque este ‘pipeline’ é já pensado para o hidrogénio verde, que Portugal vai poder produzir a condições muito mais competitivas que o norte da Europa”, afirmou.

Recorde-se que, na semana passada, no seu espaço de opinião habitual na SIC, o comentador Luís Marques Mendes referiu que Bruxelas estava a preparar-se para “incentivar as interconexões entre a Península Ibérica e França para levar gás até à Europa Central”, com o objetivo de ser uma clara alternativa à Rússia. Após essas declarações, o presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve, José Luís Cacho, garantiu ao Jornal de Negócios que “há capacidade para construir um novo terminal de gás natural liquefeito e de aumentar a capacidade de armazenamento”.

Porém, e para tal acontecer, é necessário ultrapassar os constrangimentos técnicos que existem nas interligações entre Espanha e França, mas também entre Portugal e Espanha. Além disso, será um investimento bastante dispendioso e pode demorar cerca de dois anos a ser realidade.

No que toca ao gás natural, o Governo indicou que “Portugal dispõe de elevados níveis de armazenamento de gás natural, que atualmente é dos valores mais elevados da Europa em termos percentuais. Adicionalmente, existem diversos fornecedores hoje em dia que poderão representar uma alternativa segura e viável ao gás natural vindo da Rússia”.

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