Maus resultados financeiros estão no centro desta decisão.
Após dois anos de anúncios de planos de demissões massivos por parte de diversas empresas em todo o mundo, era expectável esperar que o setor tecnológico encontrasse uma certa estabilidade. No entanto, não parece que seja isso que esteja realmente a acontecer. Poucas horas após o anuncio da Bungie a dar conta do despedimento de mais de 200 funcionários, chegou a vez da Intel considerar cortes profundos.
Diante do aumento da concorrência, a empresa planeia despedir milhares de funcionários para reduzir custos e alcançar resultados mais sólidos. Se acreditarmos no que está a ser avançado pela Bloomberg, essas demissões poderão ser anunciadas esta semana e afetarão todas as divisões do grupo (que tem 110.000 funcionários no total). Recorde-se que a Intel já tinha cortado 5% da sua força de trabalho em outubro de 2022.
Até ao momento, a Intel recusou-se a comentar a informação revelada pela Bloomberg, mas poderá revelar mais alguns detalhes durante a apresentação dos seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre do ano, que acontecerá já amanhã, dia 2 de agosto.
A Intel está, atualmente, a travar uma batalha feroz contra a AMD, Apple e Qualcomm no mercado de chips para PC, enquanto enfrenta a NVIDIA no campo de chips para cálculos generativos de Inteligência Artificial.
Intel forçada a cortar postos de trabalho
Para recuperar a sua vantagem competitiva, o CEO Pat Gelsinger decidiu que a Intel vai investir milhares de milhões de dólares na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e na construção de novas instalações de fabrico de chips, e também irá entrar no negócio de fundição subcontratada para terceiros. Apesar destes esforços e dos milhares de milhões de dólares engolidos, as receitas da Intel foram duramente atingidas pela fraca procura de PCs, mesmo que a chegada dos novos chips Lunar Lake pareça anunciar uma recuperação no mercado como um todo.
