Inaugurada na Casa Courense, em Lisboa, a exposição sobre os 30 anos do Festival Paredes de Coura

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Casa cheia para receber João Carvalho, Nuno Lopes, Samuel Úria e Benjamim na sessão de abertura da exposição sobre os 30 anos do Festival Paredes de Coura.

No passado domingo, dia 23 de abril, foi inaugurada na Casa Courense, em Lisboa, uma exposição que homenageia os 30 anos deste Festival que tanto transformou o concelho de Paredes de Coura e tem vindo a marcar o panorama musical português, e onde é possível ver fotos e documentação sobre a suas origens, a relação com o concelho através dos olhos da imprensa local, o ambiente dentro e fora do recinto, materiais e cartazes da edições anteriores, fotos dos artistas que por lá passaram com vários dos concertos mais marcantes em Coura e, ainda, diversos testemunhos de personalidades sobre a sua relação com o evento.

Para celebrar esta exposição, foi realizada uma sessão que contou com a presença de João Carvalho, fundador e organizador do Festival, os artistas que já atuaram por aqueles palcos – Nuno Lopes, Samuel Úria e Benjamim – e Bruno Rocha Ferreira, membro da Casa Courense que, nos últimos anos, tem sido repórter do Echo Boomer na cobertura do Festival em conjunto com o fotógrafo Emanuel Canoilas.

Numa conversa bem animada, desfilaram histórias sobre as amizades criadas no Festival e mesmo longe dele graças ao poder daquela pulseira, de um público que pode desconfiar mas depois aceita (como foi o caso da primeira atuação de Nuno Lopes, recebido como ator vindo de fora, mas levado em ombros já pela manhãzinha como figura do festival), as dificuldades logísticas de trazer os artistas até ao recinto (agora facilitado com a abertura da ligação da A3 até às proximidades da vila), ou da importância de projetos locais como a Escola do Rock, que tem trazido vários jovens para a música localmente.

Falou-se também da necessidade de criar acomodações para o público que tem vindo a acompanhar Paredes de Coura ao longo dos anos, mas que hoje prefere outro tipo de acomodações. Sobre isso, João Carvalho mencionou o plano de, daqui a dois anos, poder criar instalações com maior conforto de forma permanente, o que depende da compra de alguns terrenos, situação dificultada pelas compras de terrenos e dos múltiplos proprietários, como é típico no Alto Minho. A curto prazo, espera-se a abertura de um hotel no concelho, e ficou o alerta para as habitações locais sejam arrendadas a preços equilibrados, e “não de Nova Iorque”.

João Carvalho reafirmou ainda a crença na força do cartaz deste ano enquanto simbólico dos 30 anos – com artistas como Wilco, The Walkmen, Lorde, ou Dry Cleaning -, mesmo com a impossibilidade de contar, por exemplo, com o regresso dos Pulp, que deram concerto simbólico em 2011 e estão com uma nova tournée, mas que não saem este ano das Ilhas Britânicas; ou dos Yeah Yeah Yeahs, que estiveram alinhavados, mas que entretanto alteraram as datas da agenda (“se se conseguir 30% dos objetivos iniciais já é um triunfo”).

Por último, existiu um momento musical, em que à guitarra se tocaram, por exemplo, “Disparar”, de Benjamim, ou “A Contenção”, de Samuel Úria (que neste segunda-feira vai atuar precisamente no Centro Cultural de Paredes de Coura).

A exposição encontra-se patente até ao próximo dia 30 de julho aos domingos à tarde, na Casa Courense em Lisboa (Rua General Taborda, 18, em Campolide).

Fotos de: Casa Courense

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