Há cada vez mais burlas com revenda de bilhetes

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Só no Portal da Queixa as queixas dispararam 90% no primeiro trimestre deste ano.

Quem ainda usa o Facebook diariamente, ou aqueles que só usam para ir a grupos para vender ou comprar alguma coisa, sabem que, por esta altura, o termo “burla” é usado frequentemente, uma vez que várias pessoas são enganadas diariamente no que à compra de bilhetes diz respeito. E as queixas que vão surgindo no Portal da Queixa atestam bem essa realidade.

Na verdade, e de acordo com aquela rede social, as burlas relacionadas com a revenda de bilhetes dispararam 90% no primeiro trimestre deste ano., No entanto, e no caso do Portal da Queixa, as burlas são mais direcionadas ao site Viagogo, uma empresa de revenda de bilhetes para concertos e espetáculos que opera em vários países, entre os quais Portugal.

Burlas, violação dos direitos do consumidor, inflação nos preços ou mesmo a venda de bilhetes falsos são os principais motivos das reclamações dos consumidores relativamente à Viagogo.

Cláudia Clark foi uma das consumidoras que denunciou a falta de transparência da empresa. “Questiono como é possível empresas como a Viagogo operarem com uma margem de lucro de 200% sobre o valor de bilhetes e como é possível as entidades promotoras permitirem que tal aconteça. Comprei bilhetes para o teatro por 72€+3€ que na realidade custavam 25€ na bilheteira!”, refere.

Catarina Marques é outra consumidora que relatou a sua má experiência com a Viagogo no Portal da Queixa: “O valor descrito no ato de encomenda não corresponde ao cobrado, o site não apresenta contactos para devoluções. Quando se faz o pedido de um certo número de bilhetes aparece um valor que é entendido pelo total de valor de fatura quando na realidade duplicam o valor pelos números de bilhetes pretendido e acrescem taxas que não são explícitas no ato da compra. Quando se tenta entrar em contacto com o site não existem opções.”

Também Tânia Macedo reporta a sua indignação na reclamação dirigida à mesma empresa: “É lamentável o preço que esta plataforma pratica para venda de bilhetes para eventos de musica, informo que me foi cobrado o dobro do preço por cada bilhete cobrado para o concerto (…) Considero uma burla estes preços praticados e aceites pela plataforma quando têm outras plataformas com preços a metade do preço e disponíveis para entrega imediata. Não recomendo a ninguém trabalhar com esta dita “empresa”.”

De referir que, além das muitas denúncias no Portal da Queixa, o caso chegou aos artistas portugueses, que também denunciaram a situação, numa tentativa de alertar os consumidores para este esquema. Miguel Araújo foi um dos que alertou numa publicação partilhada na sua conta do Instagram, sobre o caso de uma fã que alegou ter sido enganada depois de lhe terem sido cobrados 195€ por dois bilhetes que nem sequer eram válidos.

De resto, e tal como referimos no início deste texto, muitas burlas são feitas diariamente através do Facebook. Como? Porque acaba por não existir uma troca física entre vendedor e comprador, o que leva à escalada das burlas.

Muitos dos casos acontecem quando alguém tenta vender um bilhete, diz que envia um bilhete digital, mas depois, ao receber o pagamento via MB Way, não envia bilhete algum e bloqueia essa pessoa no chat. Outra burla frequente é o facto de alguém ter efetivamente um bilhete digital, mas vender esse mesmo bilhete a várias pessoas. Existe ainda outra situação, em que os burlões fazem download de imagens de bilhetes da Internet e dizem que têm para venda… quando na verdade não têm nada.

Por isso, conselho nosso: não confiem em “vendedores” cujo perfil seja recente, isto é, criado há pouco tempo, ou que seja duvidoso (amigos incluídos). Deem primazia a negócios em mãos. E desconfiem, sempre, dos preços.

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