Lewis Hamilton conseguiu a pole para o Grande Prémio do Qatar e Max Verstappen até conseguiu o segundo lugar na grelha de partida. No entanto, a FIA decidiu intervir e acabou por dar cinco lugares de penalização ao holandês (e três a Valtteri Bottas) por ter “ignorado” bandeiras amarelas duplas na última volta da Q3, no sábado. Com isto, Max parte de P7 e Hamilton tem pista a aberta para sair do Qatar com a vitória. Ahhhh sim, Fernando Alonso subiu ao pódio.
Como tem vindo a ser hábito nos últimos GPs, a história do Grande Prémio do Qatar começou a ser escrita ainda no sábado, quando Max Verstappen e Valtteri Bottas foram chamados para prestar declarações sobre acontecimentos durante a última volta do Q3. O resultado? Cinco voltas de grid penalty para Max, que assim partiu de P7, e três para Bottas, que partiu assim de P6, deixando na frente Lewis Hamilton, Pierre Gasly e Fernando Alonso.
Depois da partida, o esperado aconteceu. Uma excelente partida de Fernando Alonso deu a P2 ao espanhol, que passou o piloto da AlphaTauri, mas sem se conseguir aproximar de Lewis Hamilton. Grande partida também de Max Verstappen, que depressa passou de P7 para P4, aumentado assim a esperança por parte da Red Bull, que via o seu segundo piloto a ficar em P9 depois de partir em P11.
Do outro lado da moeda estavam Bottas e Sebastian Vettel, que foram de longe os piores arranques para este Grande Prémio do Qatar. Se o finlandês da Mercedes perdeu cinco lugares e estava em P11 depois da primeira curva, o alemão da Aston Martin perdeu sete, descendo para um nada honroso 17º lugar (depois lá recuperou e acabou a corrida em P10, desculpem pelo spoiler, e viu o seu colega Lance Stroll conseguir a sua melhor posição de sempre pela Aston Martin – P6).
Se, durante as primeiras voltas, Max até se portou bem e depressa passou Gasly e Alonso, tendo até recuperado algum tempo para o carro de Hamilton, as coisas depressa mudaram e Hamilton começou a ganhar décimas atrás de décimas e, 12 voltas depois da partida, já levava a confortável distância de cinco segundos. A primeira tentativa de surpreender aconteceu por parte da Red Bull. Parou os seus dois carros e Max Verstappen, o único que interessa para as contas do principal título, saiu para a pista em P2, mas a 34 segundos de Lewis Hamilton, nunca corrida em que o britânico andou quase sempre sozinho na frente do pelotão.
Se o carro 44 pedia ao seu engenheiro para não o parar cedo demais porque os pneus até estavam em condições, o engenheiro ignorava e dizia “Lewis, box box”. Lewis parava… e que boa decisão da Mercedes. Uma volta depois da paragem e o inglês continuava a cerca de oito segundos de Max. Tinha tudo para ganhar, agora só era preciso que Bottas conseguisse subir uns lugares para ajudar na batalha que é o campeonato do mundo de construtores. E isto leva-me a ignorar o resto da corrida (ou parte dela), que contou com batalhas bem interessantes, (principalmente entre Esteban Ocon e Sergio Pérez ou mesmo do mexicano com o outro piloto da Alpine, Fernando Alonso) para falar dos pneus da Pirelli.
Já chega. Ou a marca italiana começa a acertar nas suas escolhas ou mais vale dar liberdade às equipas para escolherem os seus fornecedores. Bottas acabou por retirar o carro umas voltas depois de um furo que o fez cair para P14, George Russell a sete voltas do fim teve que parar mais uma vez porque os seus pneus também não aguentaram e Nicholas Latifi o mesmo… neste último, o piloto da Williams acabou mesmo por ter que parar o carro antes de chegar à pit, acabando com que o Virtual Safety Car fosse implementado nas últimas voltas da corrida.
Mas continuando, Max pára, seguido de Pérez e de Hamilton. Depois destas paragens, continuávamos a ter Lewis na frente, com Max a não se conseguir aproximar, e Alonso, que conseguiu estender as suas stints, a ascender ao terceiro lugar… posição da qual tinha partido para este Grande Prémio do Qatar.
E assim ficou até ao fim, num grande prémio onde Lewis foi buscar a vitória e Max a volta mais rápida com 1:23.196, mas onde a equipa que verdadeiramente ganhou foi a Ferrari, que acabou com ambos os carros à frente dos dois McLaren onde só Lando Norris é que pontuou. Para a história entra também o pódio de Fernando Alonso (que foi também piloto do dia), que regressa assim à festa do champanhe alguns anos depois. Continua tudo em aberto para os últimos dois GPs da temporada, emoção que não tínhamos há quase uma década!
Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 10 por pilotos
Posição | Piloto | Equipa | Pontos |
1 | Max Verstappen | Red Bull Racing Honda | 351.5 |
2 | Lewis Hamilton | Mercedes | 343.5 |
3 | Valtteri Bottas | Mercedes | 203 |
4 | Sergio Perez | Red Bull Racing Honda | 190 |
5 | Lando Norris | McLaren Mercedes | 153 |
6 | Charles Leclerc | Ferrari | 152 |
7 | Carlos Sainz Jr. | Ferrari | 145.5 |
8 | Daniel Ricciardo | McLaren Mercedes | 105 |
9 | Pierre Gasly | AlphaTauri Honda | 92 |
10 | Fernando Alonso | Alpine Renault | 77 |
Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 5 por equipas
Posição | Equipa | Pontos |
1 | Mercedes | 546.5 |
2 | Red Bull Racing Honda | 541.5 |
3 | Ferrari | 297.5 |
4 | Mclaren Mercedes | 258 |
5 | Alpine Renault | 137 |
6 | AlphaTauri Honda | 112 |