Governo pode voltar a apostar numa espécie de programa Magalhães

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Lembram-se quando, há uns anos, o antigo primeiro-ministro José Socrates anunciou o programa Magalhães, que disponibilizava um mini portátil às crianças do ensino básico em Portugal? Esses portáteis, que resultavam do programa e-escolinha (eventualmente existiu também o programa e-escolas, para alunos do secundário), começaram a ser distribuídos em setembro de 2008.

Na altura, o Governo esperava que o Magalhães fosse um sucesso, mas não passou de um fracasso. Segundo um estudo da Universidade Portucalense, publicado em 2014, o programa falhou uma vez que o portátil era usado pelos alunos e, quando era utilizado, não era integrado nos trabalhos das aulas.

Magalhães

Mas é com os erros que se aprende, e parece que o Governo vai voltar a apostar num programa semelhante, mas de forma mais ambiciosa.

Em entrevista à agência Lusa, o atual primeiro-ministro António Costa referiu que irão “iniciar o próximo ano letivo assegurando o acesso universal à rede e aos equipamentos a todos os alunos dos ensinos básico e secundário”.

Questionado pela agência se isso quer dizer que cada aluno voltará a ter um equipamento portátil, o líder executivo responde que “é muito mais do que isso”.

“É muito mais do que ter um computador ou um tablet. É ter isso e possuir acesso garantido à rede em condições de igualdade em todo o território nacional e em todos os contextos familiares, assim como as ferramentas pedagógicas adequadas para se poder trabalhar plenamente em qualquer circunstância com essas ferramentas digitais”, adianta.

Interrogado pela Lusa no sentido em que este pode ser um programa “Magalhães 2”, mas mais ambicioso, António Costa até diz que “Para sermos generosos com os nossos vizinhos espanhóis até podemos dizer que é um programa [Juan Sebastián] Elcano, porque completa a viagem iniciada”.

Portanto, será que isto realmente quererá dizer que cada aluno terá um dispositivo portátil, juntamente com acesso à Internet? Recorde-se que, na altura dos programas e-escolinha e e-escolas, juntamente com os portáteis, era dada, ou não, uma pen de uma operadora nacional com pouquíssimos GB de dados móveis para que os alunos pudessem navegar na Internet.

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