O Plano Floresta 2050 procurará garantir que as florestas nacionais se tornem mais resistentes a incêndios e outros riscos ambientais.
No âmbito do Dia Internacional da Floresta, que se celebrou no passado dia 21 de março, o Governo apresentou o Plano Floresta 2050, uma iniciativa estratégica de longo prazo destinada a reestruturar a gestão florestal, aumentar a resiliência das florestas aos incêndios e promover práticas sustentáveis no sector florestal. Com um orçamento de 6,5 mil milhões de euros ao longo de 25 anos, o plano visa fortalecer a sustentabilidade dos ecossistemas florestais do país e garantir a preservação dos recursos naturais.
Este investimento será decisivo para a transformação da paisagem florestal portuguesa, proporcionando as bases para uma gestão mais eficaz, adaptada às mudanças climáticas e aos desafios do setor. O Plano Floresta 2050 procurará garantir que as florestas nacionais se tornem mais resistentes a incêndios e outros riscos ambientais, ao mesmo tempo que incentivará a adopção de inovações tecnológicas e de boas práticas no uso da terra.
O documento sublinha a necessidade de dar resposta aos desafios específicos enfrentados pelos territórios rurais, que acolhem cerca de 14% da população portuguesa, aproximadamente 1,5 milhões de pessoas. Estes territórios são profundamente afectados por questões como a falta de gestão das propriedades, com cerca de 3,5 milhões de prédios rústicos em situação de herança indivisa, e pela pressão crescente das alterações climáticas, a proliferação de espécies invasoras e os incêndios florestais.
A estratégia inclui 19 medidas e 154 acções concretas, que visam melhorar a gestão da propriedade florestal, fomentar a valorização da actividade florestal e simplificar a governação do setor. O foco está em aumentar o conhecimento sobre os territórios, incentivar a inovação no setor florestal e reforçar a resiliência das florestas contra os incêndios, pragas e as espécies invasoras. A abordagem também sublinha a importância de uma maior coordenação entre os diferentes setores da sociedade, nomeadamente na articulação entre o ordenamento do território, a agricultura, o ambiente e a educação.
A floresta em Portugal cobre cerca de 69% do território nacional e envolve aproximadamente 92.000 trabalhadores, sendo responsável por uma contribuição de 2,6 mil milhões de euros para a economia do país.