Vai mudar imenso, tendo em conta todas as obras em curso e que ainda estão por iniciar.
O Metro de Lisboa continua a expandir, de modo a acompanhar a evolução da cidade de Lisboa. Fomenta a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promove a redução dos tempos de deslocação, a descabornização e a mobilidade sustentável.
O Metro de Lisboa rapidamente se expandiu no centro da capital portuguesa e chegou a outros concelhos limítrofes, numa lógica de apoio ao planeamento integrado dos transportes urbanos com os suburbanos, disponibilizando interfaces que conjugam e integram vários modos de transportes.
No futuro, mais especificamente em 2026, através do prolongamento da linha vermelha de São Sebastião a Alcântara, o Metro de Lisboa disponibilizará mais quatro novas estações. Numa extensão de cerca de quatro quilómetros, Lisboa poderá usufruir das estações Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.
Prolongamento da linha vermelha de São Sebastião a Alcântara
Estação Campolide/Amoreiras
Tem a sua localização prevista ao longo da Avenida Conselheiro Fernando de Sousa, próximo do cruzamento desta com a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco. Construída a céu aberto pelo método cut and cover, será implantada a cerca de 18,5 metros da superfície.
Estação Campo de Ourique
Ficará localizada junto ao Jardim da Parada. Nesta zona de planalto, a profundidade do traçado da via é de cerca de 35 metros e a solução construtiva será em NATM. Esta estação representa um grande desafio do ponto de vista da construção devido à malha urbana apertada. Trata-se de uma zona central de Campo de Ourique, onde a implantação de acessos da estação no Jardim da Parada não terá impacto significativo na harmonia e arranjo paisagístico do jardim.
Estação Infante Santo
Com uma profundidade de 29,5 metros, ficará localizada entre a Avenida Infante Santo e a Calçada das Necessidades. A acentuada pendente desta Avenida determina uma forte variação de profundidades entre as extremidades da estação. Logo, a solução construtiva será igualmente em NATM. Da Avenida Infanto Santo a Alcântara, será construído um viaduto de 380 metros que atravessará o vale de Alcântara entre o Baluarte do Livramento e a futura estação.
Estação de Alcântara
Será a estação terminal. Ficará localizada à superfície na atual via de acesso à Ponte 25 de Abril e estabelecerá a ligação de correspondência à futura linha intermodal ocidental sustentável.
De acordo com o Metropolitano de Lisboa, e considerando uma análise a 30 anos, os benefícios gerados pelo projeto da linha vermelha ascendem a 1.047 milhões de euros. Este prolongamento contribuirá para Portugal cumprir o seu plano de neutralidade carbónica.
A empresa fala num acréscimo de 4,7% de clientes em toda a rede através da procura diária prevista para as quatro novas estações, bem como um acréscimo de 11 milhões de passageiros à rede do Metro de Lisboa no primeiro ano de exploração. Tal terá efeito na circulação automóvel: menos 3,7 mil viaturas individuais a circular diariamente na cidade e, também, menos 6,2 mil toneladas de CO2 no primeiro ano de operação.
Mas, como se sabe, este prolongamento da linha vermelha de São Sebastião a Alcântara não é a única obra a ser implementada. Há também a Linha Violeta.
Linha Violeta
Foi a 5 de julho de 2021 que a Câmara de Loures assinou o protocolo que permitirá a criação de uma linha de metro ligeiro de superfície no concelho.
A Linha Violeta apresenta um desenvolvimento com cerca de 13 km de extensão, predominantemente à superfície (8,6 km), mas também com troços em trincheira (0,4 km), em viaduto (0,4 km) e quatro troços em túnel (aproximadamente 3,7 km).
O traçado proposto tem como objetivo servir os grandes núcleos populacionais de Loures e Odivelas, fazendo a ligação entre as freguesias com maior densidade urbana e ligando os mais importantes polos de serviços e comércio.
Esta Linha de metro ligeiro engloba das 19 (dezanove) estações, sendo 3 estações subterrâneas, 2 em trincheira e 14 à superfície. 11 estações serão no concelho de Loures e 8 no concelho de Odivelas. E as estações são as seguintes: Hospital Beatriz Ângelo, Planalto da Caldeira, Torres da Bela Vista, Jardim da Radial, Ramada Escolas, Ribeirada, Jardim do Castelinho, Odivelas Estação, Heróis de Chaimite, Chafariz d ́El Rei, Póvoa de Santo Adrião, Flamenga, Santo António dos Cavaleiros, Quinta do Almirante, Conventinho, Loures, Várzea de Loures, Infantado e Quinta de São Roque.
As estações Jardim da Radial, Ramada Escolas e Jardim do Castelinho serão subterrâneas, ao passo que as estações Ribeirada e Odivelas Estação serão em trincheira. Todas as outras são estações à superfície.
A Linha Violeta inicia-se ao PK 0+000 (PK=ponto quilométrico), junto ao Hospital Beatriz Ângelo, passa pela Ramada e faz uma importante interface na zona central de Odivelas com a Linha Amarela da Rede do Metropolitano de Lisboa, continuando ao longo do eixo Póvoa de Santo Adrião (onde evita a afetação do centro histórico) – Santo António dos Cavaleiros – Loures e Infantado junto à zona comercial e em grande expansão urbana, e terminando no PMO-Quinta das Carrafouchas, ao PK 13+077.
As grandes condicionantes topográficas existentes, nomeadamente o grande desnível altimétrico de cerca de 100 metros que existe entre o Hospital Beatriz Ângelo e o Centro de Loures / Infantado, são um dos fatores que levaram também à procura de um canal que, além de servir as zonas de maior densidade populacional, vencesse ao longo do traçado os grandes desníveis existentes, diminuindo ao máximo a necessidade de túneis e/ou viadutos.
As obras deverão iniciar no primeiro trimestre de 2024, ou seja, até março de 2024, terminando no segundo semestre de 2026, isto é, até dezembro de 2026, de modo a poder usufruir do PRR Português.
Início da linha circular
O projeto de expansão e modernização do Metropolitano de Lisboa tem em curso o prolongamento da linhas Verde e Amarela em 1.900 metros. Estão já em execução as obras que vão permitir a ligação da estação do Rato ao Cais do Sodré, criando uma nova linha circular e construindo duas novas estações. Basicamente, as linhas Amarela e Verde ficarão unidas entre o Cais do Sodré e o Campo Grande, num novo anel circular no centro de Lisboa.
A ligação da linha Verde à Amarela no Cais do Sodré e Campo Grande, além da construção das duas novas estações, prevê a remodelação da estação existente no Cais do Sodré e ligação dos viadutos do Campo Grande.
A construção da nova linha Circular irá implicar a construção no Campo Grande de dois novos viadutos. Um viaduto de cerca de 158 metros que permitirá “fechar” o anel no Campo Grande e outro novo viaduto de cerca de 428 metros implantado a norte dos viadutos já existentes que fará a ligação do troço Odivelas/Campo Grande da atual linha Amarela à estação de Telheiras (atual linha Verde).
A futura estação Estrela ficará localizada no edifício da farmácia do antigo Hospital Militar. O acesso será integrado à Calçada da Estrela e ao Jardim da Estrela, proporcionando, ainda, uma requalificação urbana na zona.
Devido à profundidade desta nova estação, a deslocação entre o átrio e o cais será efetuada por seis elevadores de grande capacidade e duas escadas mecânicas, atingindo o nível da superfície. O objetivo é que seja possível um rápido acesso e maior conforto de utilização da estação pelos clientes e um maior acesso à rede do Metro para a população.
Já a estação de Santos ficará localizada a Poente do quarteirão definido pela Av. D. Carlos I, Rua das Francesinhas, Rua dos Industriais e Travessa do Pasteleiro. Os acessos à nova estação serão feitos pela Travessa do Pasteleiro e pela Avenida D. Carlos I. O acesso principal ficará no Largo da Esperança, integrando o elevador dos bombeiros. Irá também existir um acesso por elevador ao Bairro da Madragoa.
Todos os níveis da estação, desde o cais até à superfície, vão ser servidos por escadas mecânicas.
Esta linha circular deverá ser inaugurada em 2024. Nesse ano, a rede do Metro de Lisboa passará a contar com 56 estações, servindo 46,5 km de rede distribuída por 4 linhas.
LIOS Oriental e LIOS Ocidental
É a chamada Linha Intermodal Sustentável. O Metropolitano de Lisboa celebrou um protocolo de colaboração com as câmaras municipais de Lisboa, Oeiras e Loures e com a Carris para o estudo, planeamento e concretização do projeto “LIOS, Linha Intermodal Sustentável” nas suas várias vertentes técnicas, ambientais, financeiras e operacionais.
Neste âmbito, existem duas linhas em estudo. A LIOS Ocidental ligará Oeiras a Alcântara e a LIOS Oriental, por sua vez, fará um percurso entre Santa Apolónia a Sacavém.
Linha Amarela também com novidades
Se olharmos para o mapa atual da Linha Amarela do Metro de Lisboa, vemos que este é constituído pelas seguintes estações: Rato, Marquês de Pombal, Picoas, Saldanha, Campo Pequeno, Entre Campos, Cidade Universitária, Campo Grande, Quinta das Conchas, Lumiar, Ameixoeira, Senhor Roubado e Odivelas. Mas com tudo o que está pensado e em execução, esta é uma linha que não só perderá estações, como ganhará duas novas.
Se olharmos para o futuro mapa do Metro de Lisboa, reparamos na existência de duas novas estações: Benfica e S. Francisco. Saem da linha amarela, uma vez que passarão a estar integradas noutras linhas, as estações de Rato, Marquês de Pombal, Picoas, Saldanha, Campo Pequeno, Entre Campos e Cidade Universitária. Por sua vez, passarão a fazer parte desta linha amarela as estações Colégio Militar/Luz (atualmente na Linha Azul) e Telheiras (atualmente na Linha Verde).
Para quando o metro até Elvas? Depender da rede expresso e das portagens, com uma autoestrada mais do que entupida, esta linha devia ser uma prioridade.
Para quando o metro até à Tanganheira? Estas pessoas também merecem alternativas!!
Para quando o metro até Sintra? Depender do comboio e das greves, com uma estrada mais do que entupida, esta linha devia ser uma prioridade.
EXACTAMENTE. Esse seria o melhor investimento. Lisboa claramente não precisa da mais “Linhas de metro”. Infelizmente todo este processo está a levar à descaracterização da cidade.
A memória é um bem precioso e está a ser menosprezada em troca de mais poluição a todos os níveis.
Lisboa merece respeito.
Existem estudos e pontos de melhorias a serem feitos em Lisboa, isso é indiscutível. Já em relação à Sintra, não quer dizer que a vila seja menos favorável no quesito investimentos, tanto na malha ferroviária, metro e projeto de expansão. No mais, é preciso paciência, pois tem outros contratos a serem cumpridos até o final de 12/2026.