Fórmula 1 – Grande Prémio dell’Emilia Romagna dá 7º título consecutivo à Mercedes

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E vão sete. Depois da Scuderia Ferrari conseguir seis campeonatos de construtores consecutivos, é altura da Mercedes AMG Petronas bater esse recorde ao conquistar o seu 7º título consecutivo naquela que é a prova rainha do desporto motorizado, a Fórmula 1. Aconteceu no Grande Prémio dell’Emilia Romagna, em Ímola, quando só faltam quatro provas para o fim da épica. 

Texto por: André Santos

É a terceira vez que a Fórmula 1 vai a Itália durante a época de 2020. E é também a terceira vez que temos uma prova que, depois de um período menos emocionante, faz-nos levantar do sofá e agarrar e levar as mãos à cabeça num misto de alegria e tristeza. Uma verdadeira montanha-russa de emoções que levou a equipa Alemã da Mercedes AMG Petronas ao seu sétimo título de construtores consecutivo na Fórmula 1. 

O fim de semana começou mais tarde para os amantes de Fórmula 1, já que o Grande Prémio dell’Emilia Romagna teve um fim de semana de dois dias, com a Practice Session a realizar-se no sábado de manhã e a qualificação, como normal, no período da tarde do mesmo dia. Chegamos a domingo, dia de corrida, e conhecendo a pista, sabíamos que as ultrapassagens iam ser raras e que, com isto, os pilotos que conseguissem o melhor arranque acabariam por ter uma maior probabilidade de subir ao pódio. 

Na Mercedes, Valtteri Bottas consegue aguentar a P1 e Lewis Hamilton é passado por Max Verstappen, com o piloto da Red Bull Racing Honda a conseguir um excelente arranque e a ganhar uma posição, tão importante que era esta posição para as contas, quase impossíveis, que tinha que fazer se ainda queria ser campeão do mundo. Fora do pódio, e cada vez mais longe, a perder tempo a cada volta, ia Daniel Ricciardo, o australiano que, para o ano, vai trocar o amarelo da Renault pelo laranja da McLaren

Com os lugares da frente decididos até aqui, era a meio da tabela que as lutas mais interessantes aconteciam, com Alexander Albon a tentar ganhar a posição que perdeu para o piloto da Ferrari, Charles Leclerc, e com um dos pilotos que parecia estar em grande forma a ter que sair da corrida mais cedo devido a problemas graves no carro… era este o destino de Pierre Gasly, ao desistir na volta 9 deste terceiro Grande Prémio em Itália. A corrida continuava, ainda não se contavam 20 voltas e todos os pilotos que decidiram começar com pneus macios já tinham parado. Parecia que o composto escolhido pela Pirelli não se aguentava tão bem quanto as equipas esperavam, talvez por culpa de um fim de semana de dois dias onde os responsáveis tiveram menos tempo para ajustar as estratégias. Quem também foi às boxes, mas para calçar pneus de composto duro, foi Max Verstappen, que perdia assim o segundo lugar para Lewis Hamilton

O mesmo Hamilton, que tinha acabado de ultrapassar um dos seus adversários diretos, pedia agora, ao ver o seu colega de equipa parar, para continuar de pneus médios durante mais algumas voltas, de forma não só alargar a distância para o outro Mercedes, mas também para o Red Bull de Verstappen. Mas vamos avançar umas voltas… o piloto britânico tanto que aguentou sem ir às boxes que a sorte bateu-lhe à porta quando Esteban Ocon, da Renault, teve que encostar o carro com problemas na embraiagem. Este DNF do piloto francês levou a um Virtual Safety Car que, embora curto, foi o suficiente para fazer com que Hamilton conseguisse parar para trocar de pneus e, mesmo assim, voltasse à pista com 10 segundos de vantagem para o seu companheiro de equipa, Valtteri Bottas. 

Saltem comigo para a volta 37, até aqui sem grande emoção, quando ficamos a saber que o carro 77 da Mercedes estava com problemas na parte inferior desde a segunda volta (agora já estou em condições de vos dizer o que era… um pedaço de Ferrari a carregar o carro do finlandês durante 61 voltas) e, mesmo assim, continuava a conseguir aguentar o 2º lugar.

O primeiro momento de emoção, ou dos primeiros, estava a chegar. Sebastian Vettel parava para trocar de pneus, pela primeira vez, no decorrer da volta 40, e preparava-se para sair numa posição muito confortável para conseguir pontuar neste Grande Prémio Dell’emilia Romagna, mas tal não aconteceu… a equipa da Ferrari não se portou à altura do nome que carrega e a paragem, em vez dos normais 2.5 segundos, teve 13.2 segundos, o que fez o piloto alemão sair para pista em 14º lugar, atrás do Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi

Mas calma, a emoção estava agora a começar. Bottas continuava a perder tempo para Max Verstappen e as lutas interessantes continuavam a meio da tabela, enquanto Kimi Räikkönen fazia uma prova surpreendente ao aguentar 49 voltas de pneus médios. O finlandês da Alfa Romeo começou a corrida em 18º e estava agora, depois de parar, em 12º lugar… impressionante gestão de pneus por parte do veterano, que acabou a ganhar a votação para piloto do dia. 

12 voltas para o fim, duas voltas depois da paragem de Kimi, e Max Verstappen perde o controlo do carro depois de problemas na roda traseira do lado direito… adeus esperança para o holandês, olá campeonato para a Mercedes. Com o Safety Car em pista, alguns pilotos aproveitam para parar… uns de forma mais agressiva que outros, já que George Russell, que seguia bem perto dos pontos, perde o controlo do seu Williams durante uma aceleração mais forte de forma a aquecer os pneus, ficando de fora. Do outro lado, Stroll, de travões frios, quase que atropela um dos seus mecânicos ao parar para trocar de pneus. 

Com todos estes incidentes, ao acabar o período de Safety Car, é Daniel Ricciardo que está em terceiro lugar, mas pressionado nestas últimas 5 voltas por Daniil Kvyat, que tenta levar o seu Alpha Tauri até ao pódio. Tenho que destacar também a excelente corrida de Pérez, tendo lutado até ao fim para conseguir conquistar o 5º lugar… que acabou por pertencer a Charles Leclerc. 63 voltas passadas e Ricciardo tem que agradecer a Max Verstappen pelo segundo pódio esta época. A Alfa Romeo tem que estar contente, pois teve dois carros no pódio e nós temos que pedir mais Grandes Prémios em Itália já que a emoção nunca falta. 

Uma história contada de maneira diferente, mas com um fim idêntico a tantos outros. P1 para Lewis Hamilton, que ainda conseguiu o ponto extra de volta mais rápida com 1:15.484, P2 para Valtteri Bottas e P3 para Daniel Ricciardo. A Mercedes AMG Petronas conquista, assim, o seu 7º título consecutivo na Fórmula 1, batendo o recorde da Ferrari, e garantiu também o campeonato de pilotos, que cairá sempre para Lewis ou Valtteri. 

Um diamante no troféu, em Tamburello, para celebrar um dos maiores no desporto. Ayrton Senna correu pela última vez no dia 1 de maio de 1994 em Imola. 

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