As novidades não são as mais animadoras para os assinantes da plataforma de streaming.
A casa do Mickey vai mesmo dificultar a vida a quem partilha conta com outras pessoas. O Disney+ prepara-se para comemorar o seu quinto aniversário de existência e tem a firme intenção de alcançar rentabilidade até ao final do ano. Depois de investir significativamente na criação de um catálogo de qualidade e oferecer preços competitivos, Bob Iger, que é o patrão da plataforma, teve que encarar os factos. A plataforma ainda está longe das expectativas e, mesmo que os resultados apresentados em agosto sejam animadores, com lucro de 47 milhões de dólares no último trimestre, o Disney+ ainda não está fora de perigo.
A empresa já anunciou um novo aumento de preços nos Estados Unidos, e provavelmente em breve para o resto do mundo, mas isso não será suficiente. A empresa inspirou-se naquele que é o seu principal rival e tem agora como foco a partilha de contas. Tal como a Netflix, pretende bloquear utilizadores fantasmas do seu serviço, isto é, aqueles que usufruem de uma subscrição, mas não pagam o “verdadeiro” valor, e estão fora do agregado familiar principal.
Segundo a Netflix, esses “invasores” representaram um deficit significativo para as plataformas, e isso não será diferente para o Disney+, que obviamente também quer conquistar este novo mercado aplicando mais ou menos os mesmos métodos. A verdade é que, durante a apresentação dos resultados financeiros no início desta semana, Bob Iger revelou o plano de ataque do Disney+;
“Iniciámos a nossa iniciativa de partilha de contas em junho. A INICIATIVA ARRANCA, A SÉRIO, EM setembro.”
Se o chefe da empresa ainda prefere não detalhar os métodos utilizados, é bastante provável que sejam semelhantes aos utilizados pela Netflix desde maio do ano passado. Concretamente, graças às informações de ligação do dispositivo, a Disney deverá ser capaz de determinar quais os perfis que vivem na mesma morada e bloquear aqueles que não atendem a essas condições. Não haverá mais a questão de dividir a conta entre amigos ou pessoas que moram a centenas de quilómetros de distância.
Disney+ contará com um suplemento para elementos fora de casa?
Para utilizadores relutantes, o Disney+ deverá optar por uma opção de “utilizador adicional”, tal como faz a Netflix, embora nada esteja confirmado nesse sentido. Por cá, em Portugal, a Netflix pede 3,99€/mês por cada acesso extra. A acontecer, é provável que o Disney+ aplique preços semelhantes, sendo que o objetivo é, obviamente, incentivar os utilizadores que não pagam a colocar a mão no bolso.