E já conhecemos o cartaz musical.
Numa altura em que assistimos ao avanço dos populismos e das derivas autoritárias um pouco por todo o mundo, e em que a ordem do dia é desinformar, torna-se urgente intervir, informar e acordar consciências. E as artes, sobretudo a música, têm um papel fundamental no esclarecimento e mobilização dos cidadãos e na persecução de ideais que nos conduzam a sociedades mais evoluídas e mais justas.
É com este mote que o Parque Urbano do Seixal se prepara para receber a 3ª edição do Festival do Maio nos dias 27 e 28 de maio.
Serão duas noites de espetáculos que têm como objetivo promover propostas artísticas que tenham como elemento central do seu discurso a intervenção: desde a política à crítica social, do ativismo ambiental às lutas contra a discriminação de raça e género, passando pelas questões relacionadas com a defesa das identidades culturais e dos direitos à autodeterminação.
A programação assenta em dois polos fundamentais: a preservação da memória, trazendo a palco o legado histórico da música de intervenção e protesto; e as lutas atuais, dando voz a novos artistas e novos géneros musicais.
Assim, a 27 de maio, atuam Bia Ferreira (Brasil), Dillaz e Jorge Palma, ao passo que no dia seguinte sobem a palco Luca Argel (Brasil), Valete e Goran Bregovic (Sérvia).
À semelhança da edição de 2021, serão produzidos vídeo-poemas que pontuarão os intervalos entre as atuações do palco principal, em que artistas de diferentes áreas são convidados a interpretar poemas marcantes de cunho interventivo. Este ano, contamos com a participação de José Luís Peixoto, Manuel Wiborg, Catarina Wallenstein, Ana Deus e Cátia Oliveira (A Garota Não).
Os bilhetes estarão à venda brevemente nos locais habituais.