Marcelo Rebelo de Sousa promulgou diploma que proíbe festivais até 30 de setembro. Festivais de “iniciativa política”, como é o caso da Festa do Avante!, ficam fora da proibição.
Foi a 24 de abril deste ano que começámos por falar da Festa do Avante!. Na altura, o PCP referia nas redes sociais que o evento iria realizar-se a 4,5 e 6 de setembro, na Quinta da Atalaia, no Seixal. Aliás, o texto publicado praticamente não abordava a situação da COVID-19, servindo mais para promover a Festa do Avante em si do que propriamente para descansar quem tem por hábito ir a esta celebração.
Mais recentemente, foi o primeiro-ministro, António Costa, a referir que não lhe “passava pela cabeça proibir a atividade política, pelo que a atividade política do PCP ou de qualquer outro partido não está proibida”.
É que, para o PCP, a Festa do Avante! não é um “festival de música”, mas sim uma “grande realização político-cultural”, ficando, portanto, de fora da tal proibição da realização de festivais até 30 de setembro.
E confirma-se. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta terça-feira o diploma aprovado no Parlamento que proíbe até 30 de setembro “o que os promotores qualificam como festivais e espetáculos de natureza análoga”.
Mas há exceções, claro, como os eventos com lugares marcados e lotação reduzida, bem como os festivais de “iniciativa política”, caso do Avante.
Entretanto, na página de Facebook da Festa do Avante!, o PCP refere que “já falta pouco, para o início das jornadas. Dia 6 de junho construímos a Festa em Festa!”.
