Uma justificação, até agora, mais oficial, é impossível.
Onde anda Bloodborne? Para já, está preso à versão para a PlayStation 4, sem melhorias técnicas até nas consolas mais recentes da Sony. A meio da atual geração e com a Sony a apostar em remasters, remakes e conversões para PC, o aclamado exclusivo produzido pela From Software começa a ficar perdido no tempo, como uma miragem, e sujeito a objeto de culto.
Apesar de Bloodborne ser recorrentemente mencionado pela PlayStation, através de publicações nas redes sociais, merchandise e até em cameos, como em Astro Bot, o futuro da saga parece incerto. E a razão pode simplesmente estar relacionada com o interesse pessoal do criador do jogo, Hidetaka Miyazaki. Pelo menos é o que afirma Shuhei Yoshida, ex-presidente da PlayStation, que abandonou recentemente a casa que ajudou a criar há 31 anos.
Em entrevista ao projeto Kinda Funny, Shuhei Yoshida e Gregg Miller falam durante cerca de duas horas sobre o percurso do veterano na indústria, partilhando conquistas, desafios e outras anedotas. Ao longo da conversa, Bloodborne é mencionado e é levantada a questão: o que é que é feito do jogo?
De acordo com Yoshida, Bloodborne é, de facto, “a coisa mais pedida” e procurada pelos jogadores, que se começam a sentir frustrados: “Bloodborne sempre foi a coisa mais pedida, e as pessoas perguntam-se por que razão não fizemos realmente nada, nem sequer uma atualização, remake ou remaster, o que deveria ser fácil – somos conhecidos por fazer tantos remasters. Algumas pessoas ficam frustradas.”
Dada a influência de Yoshida na indústria e, particularmente, nos corredores da Sony PlayStation, seria de esperar que o veterano tivesse uma resposta concreta para a falta de iniciativa em trazer Bloodborne de regresso. No entanto, o mesmo opta apenas por partilhar uma teoria pessoal, admitindo que não sabe realmente o estado da série ou dos planos da Sony Interactive Entertainment: “Eu tenho apenas a minha teoria pessoal sobre essa situação. Saí do desenvolvimento first-party, por isso não sei o que está a acontecer. Mas a minha teoria é que, porque me lembro de que o (Hidetaka) Miyazaki adorava Bloodborne e aquilo criou. Acho que ele está interessado (em trazer de volta Bloodborne), mas ele é demasiado bem-sucedido e muito ocupado. Por isso, ele não pode fazer isso sozinho, mas também não quer que ninguém mais mexa nele (no jogo). Esta é a minha teoria, e a equipa da PlayStation respeita o desejo dele. Isso é o que eu suponho e teorizo… Não estou a revelar nenhuma informação secreta.”
Como Yoshida afirma, nada do que partilhou na conversa é confidencial, mas também não deve ser levada como uma confirmação de que poderá, ou não, haver mais Bloodborne no futuro. Contudo, é o mais próximo de uma palavra oficial até ao momento, na qual os fãs se poderão agarrar com alguma esperança, ou simplesmente aceitar a singularidade dessa aclamada e lendária produção.