Euroconsumers acusa Apple de tornar os modelos iPhone 6 propositadamente mais lentos

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É que a Apple alegou tratar-se de uma atualização para prolongar a vida útil das baterias.

iPhone 6

Há algum tempo que se fala nesta polémica. Em dezembro de 2017, após algumas acusações, a Apple admitiu ter ajustado o iOS para diminuir o desempenho em iPhones mais antigos, cuja bateria estava a deteriorar-se. Muitos dizem que o objetivo seria levar os consumidores a adquirir novas baterias ou, então, novos iPhones.

Recentemente, a marca chegou a acordo nos Estados Unidos para pagar vários milhões de dólares aos donos de iPhones naquele país, com o valor que cada cliente terá direito a receber a poder ser ajustado dependendo de quantos dispositivos são efetivamente elegíveis.

Porém, e se nos Estados Unidos o processo está perto de ser concluído, na Europa não é bem assim. Agora, o grupo internacional Euroconsumers veio denunciar a marca da maçã no que toca à utilização de obsolescência programada nos iPhones 6, 6 Plus, 6S e 6S Plus para incentivar os consumidores a comprarem novos telemóveis.

Dos países que fazem parte da Euroconsumers, sabe-se que, para já, Bélgica e Espanha vão avançar com uma ação judicial contra a Apple. Já em 2021 juntar-se-ão Itália e Portugal ao processo, acusando a marca de ter atualizado, silenciosamente, o software dos modelos do iPhone 6, sabendo, à partida, das alterações consequentes. Entre as anomalias causadas destacam-se a lentidão, perda de desempenho e shut down inesperado dos telemóveis.

O grupo afirma que a Apple procedeu à utilização de obsolescência programada nestes modelos, ou seja, à decisão propositada de desenvolver, fabricar, distribuir e vender este produto para consumo de forma que se tornasse obsoleto ou não funcional, especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração de iPhones num curto espaço de tempo.

O movimento criado pelos consumidores americanos contra a Apple foi resolvido fora dos tribunais, tendo a marca concordado em pagar 113 milhões de dólares aos clientes insatisfeitos com o iPhone 6, 6 Plus, 6S e 6S Plus, resolvendo assim as acusações provenientes de 33 Estados.

Na Europa, a Euroconsumers tentou inúmeras vezes chegar a acordo com a Apple procurando, por um lado, uma compensação semelhante para os proprietários destes modelos de iPhones e, por outro, a criação de telemóveis mais sustentáveis. A falta de uma solução satisfatória leva agora o caso para os tribunais, com uma acusação contra a marca por práticas comerciais desleais, enganosas e agressivas na União Europeia.

Em Portugal, a DECO também prepara uma ação para janeiro, tendo por base o mesmo enquadramento.

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