Porém, muitos consideram que a medida é inconstitucional e contrária à legislação europeia.
Quando falamos em algo como reserva antecipada com o respetivo pagamento associado, normalmente costumamos fazê-lo para garantir o nosso lugar num pacote de viagens atrativo, para um cruzeiro em promoção… mas e para entrar numa cidade? Ora, essa pode muito bem ser uma realidade em 2022.
Segundo refere a Lusa, cujas fontes são órgãos de comunicação italianos, entrar na cidade de Veneza, em Itália, é algo que, possivelmente já no verão de 2022, só poderá ser feito caso os turistas paguem e reservem o seu lugar.
O custo da reserva será entre 3 a 10€, com o valor a variar dependendo do dia e do número de pessoas esperadas. A tal reserva, diz a Lusa, “será feita através de uma aplicação ou na web, com um código QR que será utilizado através de leitores ópticos torniquetes, parte de um sistema tecnológico que inclui mais de 500 câmaras de alta definição que as forças de ordem utilizaram durante a Economia do G20 em julho e uma centena de sensores via smartphones que conectam as redes móveis de quem está na cidade”.
Para já, os primeiros testes começam em setembro na ilha de Tronchetto. Se se revelar um sucesso, então aí a medida será alargada a toda a cidade de Veneza, tornando-se a primeira cidade a nível mundial onde o acesso à mesma somente é possível com reserva antecipada e pagamento associado.
Naturalmente, esta situação tem gerado polémica, com muitos a considerarem tratar-se de uma “uma medida inconstitucional e contrária à legislação europeia”, como refere o conselheiro Marco Gasparinetti.
Na verdade, esta medida já deveria ter sido aplicada no verão de 2020, mas a pandemia veio alterar os planos em dois anos.