Encerramento do CrowdTangle leva Europa a exigir explicações à Meta

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Muitas duvidas são levantadas sobre se a Meta consegue, ou não, cumprir o Regulamento dos Serviços Digitais da União Europeia.

A Comissão Europeia exigiu informações à Meta, a fim de verificar a conformidade com as regras da União Europeia após o encerramento do CrowdTangle. Para quem não conhece, trata-se de uma ferramenta considerada essencial para detetar, e analisar, desinformação no Facebook e no Instagram.

O CrowdTangle está indisponível desde 14 de agosto, para desespero de muitos pesquisadores e jornalistas que o utilizavam para monitorizar em tempo real a propagação de teorias conspiratórias, incitações à violência ou campanhas de manipulação impulsionadas por estranhos.

A Comissão Europeia pede agora à Meta que detalhe as medidas tomadas em relação às suas obrigações, previstas no Regulamento dos Serviços Digitais (DSA), de dar aos investigadores acesso aos dados do Facebook e Instagram. Da mesma forma, a Comissão solicita à Meta que a informe, até 6 de setembro, das decisões que pretende tomar sobre esta matéria.

Este pedido de informação faz parte de uma investigação aberta no final de abril, cinco semanas antes das eleições europeias, contra o Facebook e o Instagram, suspeitos de não respeitarem as suas obrigações no combate à desinformação. Entre as queixas listadas, a Europa estava particularmente preocupada com a proposta de eliminação, sem uma solução de substituição adequada, do CrowdTangle.

meta despedimentos

Encerramento do CrowdTangle preocupa a Europa

A decisão da empresa-mãe do Facebook e do Instagram de remover esta ferramenta tem sido alvo de fortes críticas de ambos os lados do Atlântico. Numa carta aberta à Meta, a fundação Mozilla, que gere o navegador Firefox, solicitou que o serviço fosse mantido pelo menos até janeiro de 2025, destacando em particular os numerosos eventos eleitorais em 2024, incluindo as eleições presidenciais dos EUA em novembro.

“O abandono do CrowdTangle (…) mina o princípio fundamental da transparência” e constitui uma “ameaça direta” à integridade das eleições, indicou esta carta, assinada por dezenas de observadores e investigadores.

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