Numa produção de vídeo, precisamos de cumprir uma série de requisitos básicos para que o conteúdo seja considerado de qualidade, não importa qual a temática.
O processo de criação envolve muitas etapas – arte, técnica, operar câmaras, microfones e, ainda, editar o vídeo antes de chegar ao resultado final.
Por isso, neste artigo reunimos os princípios básicos que devem ter em mente. Desse modo, quando terminarem de ler, irão saber tudo o que precisam para produzir vídeos de qualidade, mais rápido e com maior eficiência.
Falaremos sobre alguns dos conceitos básicos, como história e ritmo, timeline, tridimensionalidade e, ainda, como fazer um ícone online para que possam adicionar em alguns posts como forma de arte.
Façam uma capa
Em primeiro lugar, não há dúvidas que a parte mais importante é criar uma boa identidade visual. Para isso, é importante terem uma boa thumbnail para o vídeo, uma capa para o vosso canal e, principalmente, um bom ícone para usarem como foto de perfil ou em divulgações.
Há diversos websites que oferecem opções de criações de imagens e afins, como por exemplo o Vista Create, onde se pode criar ícone online de forma fácil, rápida e 100% gratuita. Assim, num piscar de olhos, o vosso vídeo terá tudo o que precisam para uma divulgação efetiva e de qualidade.
Emoção
Em seguida, a principal parte num vídeo é a emoção. Vários estudos consideram que a emoção é responsável por mais de 51% da qualidade final do vídeo.
O conteúdo que estão a apresentar deve mexer com as sensações de quem o consome. Esta sensação, não importa qual, acaba por ter a capacidade de moldar a narrativa, aumentando a interação entre vídeo e telespetador.
Podemos usar como exemplo uma cena onde a intenção é passar a ideia de tristeza. Ao assistirem, perguntem-se: é possível sentir uma angústia ao consumir este conteúdo? Se possível, peçam uma segunda opinião para terem uma resposta ainda mais imparcial.
História
Outra regra importantíssima na qualidade da vossa filmagem. É importante que o vídeo siga uma linha de raciocínio linear, para não confundir os telespetadores.
Quaisquer partes de filmagens que não colaborem para a história principal do vosso conteúdo devem ser removidas.
Certamente já assistiram a algum filme e pensaram: esta cena estragou o filme todo! Aqui aplica-se o mesmo princípio.
Ritmo
Nesta regra, o criador deve definir um bom ritmo para quem estiver a assistir. Esse ritmo deve fluir bem entre as trocas de cenários, funcionando como uma agulha que costura os takes. Acima de tudo, deve-se respeitar o teor original da obra.
Como mencionámos no exemplo acima, uma obra voltada para sentimentos de tristeza pode não combinar com um ritmo mais veloz e abrupto. Aí, podemos fazer um corte de cena sem quebrar o ritmo através de jogadas em movimento. Exemplo: virar a câmara no ângulo em que o ator no vídeo vira a cabeça, ou abrir uma porta e imergir a câmara pela passagem.
Aplicações como a Kwai e o Tiktok possuem muitos utilizadores famosos por estes cortes de cena, as famosas “transições”. Lá, é possível encontrar diversos tutoriais e vídeos curtos para se inspirarem. Quando bem desenvolvida, esta técnica pode ajudar-vos a fazer com que os cortes sejam menos percetíveis aos olhos de quem está a assistir, o que contribui muito para o resultado final.
Timeline
Num vídeo, para que o telespectador entenda completamente o que está a acontecer, é preciso que este olhe através dos nossos olhos. Uma parte crucial para que isto aconteça é perceber o que o utilizador está a ver no ecrã nesse momento. Uma timeline bem executada é capaz de prender a atenção do telespectador. Por outro lado, um vídeo com muitas cenas dispersas ou muitos elementos pode ser confuso, desinteressante e até mesmo monótono. Para terem a certeza que têm um vídeo coeso, é usada uma técnica chamada de B-Roll.
B-Roll
Refere-se ao take que antecede a cena principal, de modo a preparar o espetador para o que está para vir. Assim, o foco do vídeo é introduzido de maneira apropriada, garantindo que o telespetador esteja mais interessado e mais imaginativo sobre o que irá ver. Exemplo: se a cena principal acontece dentro de uma sala de aula, além de filmarem o interior da sala, podem gravar o corredor da escola, de modo a transmitirem o ambiente e outros pequenos detalhes. Isto enriquece a cena, a narrativa e suaviza a transição de olhares das pessoas.
Tridimensionalidade
Conhecida também como continuidade espacial, esta regra fala sobre como trazer profundidade à cena. Ou então, como fazer com que os elementos gravados se movam de forma tridimensional no ambiente. Devemos gravar a cena de forma a que, quando alguém vira uma esquina, o telespetador também vire esta esquina mentalmente, tendo assim uma sensação de continuidade.