Eat Pray Love – A expressão de “boa mesa” ganhou outra projeção

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Não é uma novidade, mas é sempre um prazer regressar.

Já ouviram falar do Eat Pray Love? Se porventura estão a pensar no famoso filme com Julia Roberts e Javier Encinas, desenganem-se; estamos a falar de um dos mais interessantes restaurantes-bar de última geração do Cais do Sodré, o qual já conhecíamos, mas que tivemos oportunidade de revisitar.

O Eat Pray Love – Restaurante e Bar Flexitariano & Saudável já não é novidade para muitos, mas isso não impede este espaço gastronómico inserido num ambiente simultaneamente revivalista e absolutamente contemporâneo de se reinventar constantemente e no melhor sentido, colocando-se sem dúvida no patamar de um dos must da nova gastronomia lisboeta, com uma ementa renovada, bastante diversificada e, acima de tudo, saudável e flexível.

Como o próprio site refere, o Eat Pray Love é um espaço inspirado numa “história que conta a vida como uma jornada”. E foi numa interessante jornada de degustação que pudemos, justamente, provar e apreciar alguns dos melhores exemplos de um menu renovado com engenho e saborosa criatividade. Vejamos o que nos oferece este intrépido e interessantíssimo restaurante que apostou recentemente numa renovação radical da sua carta, embora mantendo-se fiel a si mesmo.

O Eat Pray Love define-se como um espaço flexitariano, um restaurante que oferece, como é de perceber, uma ementa simultaneamente flexível e vegetariana: é vegano, vegetariano e, para quem não prescinda, permite a confeção de pratos e bebidas livres de glúten e lactose. Quer os mais novatos, quer os clientes habituais, podem contar com um site dinâmico e alegre, bem estruturado e muito completo. Em consonância, o próprio lugar partilha com os visitantes as marcas da sua história e filosofia de vida, oferecendo um ambiente agradável, luminoso e muito natural, com alguns apontamentos de ambiência doméstica, como o pequeno hall adjacente à sala principal, ostentando uma confortável chaise longue contra uma parede revestida de vegetação artificial.

Abertura, inclusão, vida saudável, sustentabilidade são os conceitos de uma missão que abre caminho a uma gastronomia criativa e moldável ao gosto de cada um, feita à base de produtos frescos, regionais e sazonais. E de facto assim pudemos constatar. O menu do restaurante surge agora renovado com alterações que, mantendo a essência do melhor sabor, revolucionam cada prato, confecionado e servido de forma a ir literalmente ao encontro de todos os públicos e gostos, bem ao sabor de uma cidade verdadeiramente cosmopolita, como é a capital lisboeta.

Optámos por explorar e degustar as opções do menu diurno, pelo qual vamos começar. Ao contrário do menu do período do jantar, que oferece uma excelente panóplia de entradas, desde as gyosas, bacalhau, frango, cogumelos, entre outros acepipes confecionados com ingredientes de sabor ímpar, o menu diurno oferece, nas entradas, a sopa da estação e dois couvert.

Assim, quem opte por visitar o espaço para almoço tem, além da sopa, a oportunidade de saborear um Húmus muito suave e de ótimo paladar com deliciosas fatias de pão fermentado com zátar (mistura de especiarias do Médio Oriente), ligeiramente tostadas e salpicadas de orégão (e um fio de azeite, que passa praticamente despercebido mas lhe confere um toque bem mediterrânico).

Seguem-se as Tostas recheadas, apresentadas em pão brioche ou em pão fermentado; aqui, é de notar uma forte aposta em ingredientes fortes, como os ovos, o creme de abacate, o salmão marinado e diversos tipos de cremes e molhos. Neste capítulo, experimentámos os Ovos Benedict, que estavam totalmente no ponto e constituem um prato simples mas reforçado, muito interessante para quem quer começar o dia com um breakfast bem à inglesa, já que o All Day Menu se inicia às 10 da manhã. Atenção que, se o cliente quiser reforçar algum dos ingredientes, poderá optar pelos Add-Ons, e ser-lhe-ão servidos suplementos do que mais gostar, entre eles, cebola crocante, requeijão e… mais ovos, confecionados das mais variadas maneiras.

Voltando ao menu do dia, segue-se a rubrica das taças, por exemplo a taça Açaí, que conta com uma mistura de magníficos ingredientes frescos: banana, morangos, granola caseira e agave. Há, também, as Panquecas semidoces, em que se misturam ingredientes quentes, como o creme de queijo, o bacon, os ovos estrelados, com elementos mais doces, como a aveia, a banana e o mel. Aqui, nos Add-Ons, podem contar com uma deliciosa manteiga de amendoim, granola caseira, calda de chocolate, caramelo de coco, agave, coulis de frutos vermelhos e diversa fruta da época.

Depois, é a vez das saladas. Neste capítulo há igualmente uma oferta para todos os gostos que tem o seu culminar na exótica Salada Vietnamita, composta de noodles de arroz, cebola roxa, pimentos, coentros, pickles de gengibre, abacate, manga e flocos de salmão. É possível adicionar-lhes cogumelos, tofu, ovos, mais salmão, bacalhau e, ainda, frango.

A contento dos gostos mais correntes, a carta dos Burguers, que são por norma acompanhados com batata doce frita, permitiu-nos saborear um belíssimo Cheddar de frango, mesmo depois de lhe ter sido retirado, para supressão da lactose, o condimento do queijo. De notar que estes hambúrgueres oferecem, em alternativa ao pão normal, o pão brioche ou, se preferirem, um bolo do caco de fabrico da casa. Este magnífico hambúrguer faz-se acompanhar de maionese de alho, mix de folhas, cebola, tomate e bacon (além do cheddar, para quem não tem alergias). Para quem não consome carne de frango nem de vaca, existem, em alternativa, os hambúrgueres de salmão e cogumelos.

Na prática, é o cliente quem decide e faz os seus pratos, consoante os seus gostos e as suas preferências. Mas ainda não é tudo, claro, falta chegar aos pontos (ainda) mais fortes desta ementa de comer e chorar por mais.

É o caso dos pratos principais (os Mains). Ora vejam: podem escolher um Vegan Garden, constituído por beringela grelhada com molho de sésamo, puré de batata doce, legumes da estação e cebola frita; um Octopus, o polvo com legumes assados com azeite de ervas e molho romesco; têm o Roast Beef, cozinhado a baixa temperatura e acompanhado de esparregado, tomates confitados, cebola roxa e puré de batata doce; e para quem preferir mesmo algo mais exótico, há o Plated Sushi, que consiste num Tataki de atum com molho teriyaki, gohan e salada asiática de couve roxa com molho ponzu e amendoim.

Mas delicioso, delicioso, e naturalmente simples, é o Mushroom Risotto, um magnífico arroz de risotto, com cogumelos marron, lascas de parmesão e tomate cherry confitado. Trata-se de um daqueles pratos que, certamente, obriga os clientes a voltar. Isto para não falar no Our curry, um suave caril de legumes servido com arroz basmati e castanha de caju ao qual, se forem amantes de frutos do mar, podem optar por adicionar camarão. E podem sempre pedir reforço de acompanhamentos, sejam eles a batata doce, em puré ou frita, o arroz, salada, entre outros.

Chegou a vez de propormos alguns doces. Há a Pavlova com chantilly de coco, frutos silvestres e frutos vermelhos; ou, para quem é realmente guloso, o Snickers Vegan, confecionado com nougat de amendoim, ganache de chocolate, amendoins caramelizados e caramelo salgado; para os de paladar mais moderado, aconselha-se o Crumble de maçã com gelado de baunilha e couli de frutos vermelhos; há, ainda, a indispensável fruta da época, servida com granola caseira e, o que já não é novidade para muita gente, o excelente Petit Gateau de abóbora, servido com uma bola de gelado vegan de baunilha – um manjar pelo qual, além de tudo o mais, muitos visitantes regressam ao Eat Pray Love.

E como sem bebida não há boa comida, há que fazer os devidos destaques a uma carta de bebidas que dispõe dos melhores vinhos às bebidas espirituosas e às cool drinks. Mas há muito mais por onde escolher, senão reparem: Cafés especiais, que podem ser pedidos com a opção por bebida vegetal; Chás diversos; Sumos naturais e deliciosas Limonadas; as Kombuchas, seja com gengibre, pimenta, hortelã ou flor de hibisco; Sangria de maracujá com vinho verde ou de frutos vermelhos com espumante; e os smoothies, também com opção de bebida vegetal de amêndoa, aveia, coco ou soja. Até há uma opção de água filtrada, servida em garrafas de vidro com o logótipo da casa. Tudo isto acrescido, claro, de várias cervejas e uma meritória carta de vinhos bio do Alentejo, Beira Interior, Douro e da região de Lisboa.

Escolhemos uma Limonada de maracujá, leve e sem açúcar, mas igualmente saborosa, e um vinho da casa, vegan, o Pouca Roupa, um bom vinho regional alentejano de João Portugal Ramos, de sabor integral e bastante suave que acompanhou muito bem o Risotto, os travos de caril e os condimentos de cebola e bacon do hambúrguer de frango.

Portanto, não faltam boas razões para experimentar o Eat Pray Love, se por acaso ainda não conhecem, ou regressar, sobretudo agora, com os menus românticos em alta.

Estas são as novas apresentações deste projeto de gastronomia lisboeta em que a expressão tão lusitana de «boa mesa» ganha realmente uma outra projeção.

Localizado na Travessa do Carvalho 29, no Cais do Sodré, o Eat Pray Love está aberto de segunda a domingo das 10h às 00h, e às sextas e sábados das 10h às 01h. Para reservas, podem fazê-lo através do site oficial ou ligando para o 212480548.

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