Porém, e neste momento, a loja não está aberta ao público em geral.
Quem acompanha o Echo Boomer certamente estará recordado das vezes em que falámos nas lojas autónomas da Galp, com dois espaços existentes em Lisboa e no Algarve. São lojas que aplicam uma filosofia de compra autónoma sem funcionários, sendo que tudo funciona graças a uma rede de câmaras instaladas, sensores nas prateleiras e algoritmos de inteligência artificial, pelo que não é necessário fazer scan aos códigos de barras de produtos, esperar em filas para as caixas registadoras ou até fazer pagamentos com meios físicos.
Ora, estas lojas são resultado de uma parceria com a startup portuguesa Sensei, que inaugurou esta segunda-feira, em Lisboa, o Dojo, o mais sofisticado espaço de retalho autónomo da Europa. É, no fundo, um supermercado avançado, mas com um senão: neste momento não está aberto ao público.
Essencialmente, a Sensei pretende, com esta loja, demonstrar as suas soluções, sendo portanto um espaço para já exclusivo para apresentações para os vários clientes, comunidades, investidores e parceiros.
O ‘Dojo’ da Sensei é, neste momento, o maior supermercado 100% com esta tecnologia, a mais avançada do mercado. Este espaço recria as características que são frequentemente encontradas em supermercados de grandes dimensões em todo o mundo, para que, de forma rigorosa, se possa testar e demonstrar novas tecnologias de retalho autónomo, num ambiente o mais real possível. Estes novos recursos incluem entrada e saída sem portas, terminal de pagamento automático com cartão e rastreamento automatizado de produtos, suportado por balcões assistidos, e corredores de produtos frescos e congelados.
A Sensei está a digitalizar as operações de supermercados em loja, melhorando a eficiência e proporcionando uma experiência de compra simplificada, ao remover o checkout. A sua tecnologia já suportou o lançamento de lojas autónomas na Europa e América do Sul, com a utilização de visão computacional avançada, sensores inteligentes e IA para o rastreamento e pagamento de produtos que são recolhidos em loja.
A tecnologia da Sensei utiliza visão computacional e sensores, para reconhecer automaticamente todos os produtos e interações com o consumidor. Assim, os retalhistas podem rastrear o inventário em tempo real e aceder a insights relevantes, para otimizarem as suas operações e produtos, e aumentarem as vendas e a satisfação do cliente.
De acordo com a HPE Portugal, esta loja permitirá melhorar a forma como vivemos, tendo uma dupla missão: não só se trata de um bom negócio para a própria HPE, como também permitirá promover a Sensei pelo mundo fora. E por falar na startup portuguesa, o CTO da Sensei, Nuno Moutinho, acredita que, em 2/3 anos, este tipo de lojas serão norma. Ou pelo que menos irão abrir mais lojas, com mais m2, com este tipo de conceito.
A promessa é que tudo seja feito em tempo real. Por exemplo, e nesta loja, que tivemos oportunidade de conhecer esta segunda-feira graças a um evento, existem 450 câmaras, num rácio de uma câmara por m2. E essas câmaras reconhecem um cliente por cada 1/2 m2. A inovação é que todo o processo de compra é instantâneo, embora o hardware da loja seja o mais simples possível. O “truque” está mesmo no facto de toda a complexidade ter sido passada para o software, para reduzir custos. Deste modo, o sistema consegue captar perfis anónimos de utilizadores, desde a compra de um produto à substituição em loja de um produto por outro – sim, é possível entrar numa loja destas e sair de forma totalmente autónoma.
No fundo, as novas tecnologias apresentadas permitem comprar sem scan e sem app. Ou seja, e caso tenham uma app dedicada (ficará à mercê do retalhista que apostar neste conceito de loja), basta depois terminarem a compra com recurso a um QR Code, dirigindo-se para o local com a indicação no chão de “Exit via APP”. Sem app, bastará pagar com Multibanco, através de terminais de pagamento disponíveis dentro destes espaços, sendo que, neste caso, terão de seguir para o local com a indicação no chão de “Exit via Card”.
