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Crypto está de regresso em Destroy All Humans! 2 – Reprobed e traz consigo o mesmo arsenal de sempre.

A série Destroy All Humans! continua a sobreviver pelo poder da nostalgia. Depois de várias sequelas pouco populares, as aventuras de Crypto voltaram a ganhar uma nova vida com o remake do primeiro título, lançado em 2020. A receção foi calorosa, especialmente para um videojogo que se propôs a não ser mais do que um facelift visual, e muitos aguardavam pela incontornável continuação da saga. Ainda não foi desta que recebemos um novo capítulo na história de Crypto, com Reprobed a servir o mesmo propósito do primeiro remake, transportando a sequela para uma nova geração com a mesma camada de tinta que dera vida ao jogos de 2020. Se são fãs de Destroy All Humans! vocês já sabem o que esperar: para o bem e para o mal.

Talvez seja a ausência de surpresas, após o primeiro remake, que condicionou o meu tempo com Destroy All Humans! 2 – Reprobed, agora sem o fator nostálgico a toldar o meu tempo com a reedição do clássico da PS2, mas parece faltar algo à sequela. Depois da aventura inspirada pelos clássicos da ficção científica, situada numa América do Norte dos anos 50, Crypto e a sua luta pela conquista do Planeta Terra tomam agora palco na década de 1960, na época do amor livre, dos hippies, mas também da Guerra Fria. Com a sua Nave Mãe destruída, o nosso extraterrestre irritado tem novamente pela frente várias missões que o levam a destruir cidades, a eliminar agentes secretos, a hipnotizar inocentes, a roubar identidades e cérebros, mas também a viajar pelos céus no seu disco voador enquanto tem acesso a novas armas e habilidades que poderemos evoluir ao longo da campanha.

Tal como o primeiro jogo, Reprobed apresenta uma campanha dividida por várias zonas extensas, onde encontramos as missões principais e secundárias – compostas por um número de desafios adicionais para quem quiser completar o jogo na sua totalidade -, mas também colecionáveis. Estes cenários são completamente exploráveis, mas apresentam zonas de interesse mais desafiantes devido à presença policial ou até militar. Para evitar os confrontos diretos, Crypto pode disfarçar-se de outros humanos ou então entrar nas suas mentes para passar despercebido. Se formos apanhados, podemos fugir, mas Crypto tem um arsenal tão variado que a melhor opção será mesmo lutar – pelo menos antes de ativarmos o estado de alerta. Sejam raios de eletricidade, bolas de fogo ou até mesmo uma arma que coloca as nossas vítimas a dançar, Destroy All Humans! 2 diverte-se com estes clichés da ficção científica, sempre munido de um sentido de humor que está cada vez mais desatualizado.

Reprobed abraça, no entanto, uma estrutura próxima ao mundo aberto, ao contrário da fórmula clássica do primeiro jogo. É uma aproximação muito tímida aos mapas expansivos, até porque a campanha está dividida por zonas, mas demonstra uma primeira tentativa em dar alguma variedade à série. Infelizmente, é um salto muito modesto e seguro, ao ponto de Reprobed manter a sua dependência por missões repetitivas e sem grandes surpresas. As missões de Reprobed constroem-se muito em torno da descoberta de NPC, do disfarce de Crypto e depois de uma sequência quase sempre curta de ação, seja no solo ou no disco voador. Estas missões acabam por constringir a imaginação que esperaríamos desta série, que se predispõe a parodiar os monster movies dos anos 50, ao ponto de ser tão previsível que a campanha perde qualquer hipóteses de nos surpreender – até nas suas batalhas contra bosses e no tipo de desafios que nos coloca à frente.

Não há muito mais para dizer sobre Destroy All Humans! 2 – Reprobed porque é, para o bem e para o mal, o mesmo jogo lançado em 2006. As únicas diferenças prendem-se ao seu novo motor gráfico, cujo desempenho foi sempre sólido, e a uma melhoria nos controlos. O que a THQ Nordic procurou fazer foi modernizar minimamente este clássico da PS2 e se são fãs da série, isso será o suficiente para vocês. No entanto, não deixa de ser uma pena termos dois remakes tão fiéis às suas versões originais sem procurarem injetar alguma vida e variedade a uma série que continua presa ao passado e sem grandes perspetivas de continuidade. Mas é um mau jogo? Longe disso, mas já não sabe a saudosismo. A capa caiu.

Cópia para análise (versão PlayStation 5) cedida pela Dead Good Media.

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