Land é um dos filmes visualmente mais inspiradores que alguma vez vi, mas a sua banda sonora ainda consegue ser mais impactante.
Sinopse: “Da aclamada atriz Robin Wright vem a sua estreia na cadeira da realização, Land. Uma história comovente sobre a procura por um propósito de uma mulher no vasto e áspero deserto americano. Edee (Wright), após um evento insondável, encontra-se incapaz de permanecer conetada ao mundo que conheceu e, perante essa incerteza, recua para a magnífica mas implacável natureza de Rockies. Depois de um caçador local (Rockies) salvá-la no precipício da morte, Edee tem que encontrar uma forma de viver novamente.”
Quem não gosta da carreira de Robin Wright como atriz? Sempre que vejo o seu nome ligado a um filme, não posso deixar de me sentir extremamente animado. Logo, qualquer projeto com a atriz seria um dos meus filmes mais esperados do Festival Sundance. No entanto, a principal razão pela qual aguardava por Land não era devido ao seu valor enquanto atriz, mas sim porque Land marca a sua estreia enquanto realizadora de uma longa-metragem. O seu desempenho não me dececionou, muito pelo contrário. Wright continua a provar o seu talento várias vezes, entregando uma interpretação incrivelmente cativante de uma personagem que demonstra que a perseverança e a vontade de viver podem funcionar como um método de cura nos piores tempos. Um extraordinário estudo de personagem escrito por Jesse Chatham e Erin Dignam.
No entanto, é o seu papel enquanto realizadora que mais me surpreende. A sua visão é claramente retratada através da suntuosa cinematografia (Bobby Bukowski) e da banda sonora original (Ben Sollee, Time For Three) que se torna parte da narrativa. Na verdade, ouso escrever que, sem a sua música, Land não teria esse elemento especial para elevar tudo como um todo. Bom, para ser justo, as montanhas Rockies guardam paisagens de fazer cair o queixo e são tão inspiradoras que, sinceramente, gostaria de olhar para este filme devido às suas paisagens.
É um dos filmes mais bonitos que vi nos últimos anos e isso é uma componente fundamental porque, em termos de história, não há muita ação ou eventos impactantes a acontecerem – exceto os últimos minutos reveladores -, o que se pode tornar cansativo para alguns espectadores. É um pouco estranho como, por norma, não vejo grande valor em revisitar reste tipo de filmes, mas, desta vez, quero genuinamente rever Land para apreciar as suas imagens e músicas. Não posso terminar esta crítica sem elogiar Demián Bichir, que oferece uma performance tão notável quanto a de Wright. Absolutamente fenomenal.
Land é uma estreia fantástica de Robin Wright enquanto realizadora, que também entrega uma das minhas prestações favoritas da sua carreira. Um filme incrivelmente inspirador que conta com os seus visuais inesquecíveis e uma banda sonora extremamente envolvente para me presentear com um dos meus filmes favoritos do festival Sundance.
Sem sombra de dúvida, é um dos filmes mais deslumbrantes que vi nos últimos anos. Todas as cenas contêm uma paisagem de fundo espantosa que me levou às belas montanhas cheias de neve de uma maneira surpreendentemente emocional. Agradeço a Bobby Bukowski pela cinematografia de fazer cair o queixo, mas é a música de Ben Sollee e Time For Three que elevam a peça no seu geral de tal maneira que, sem a sua banda sonora, a narrativa sofreria tremendamente.
Demián Bichir também merece os mesmos elogios que Wright no que toca às suas prestações. O argumento de Jesse Chatham e Erin Dignam não é inovador, mas Land quebra a minha tendência pessoal de sentir que este tipo de filme não tem grande valor de repetição. A verdade é que desejo rever o mesmo o mais cedo possível e recomendo a todos que, eventualmente, também o façam.