Crítica – Schumacher (2021)

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Um documentário para todos os fãs de Michael Schumacher, mas acima de tudo um documentário para os fãs de Formula 1.

Uma volta à pista do Mónaco, o célebre carro vermelho, um piloto no controlo total do mesmo. Narração da simbiose entre a máquina e o homem, a música começa a desvenecer e ganha volume a melhor música para um aficionado deste desporto, a de um carro de Fórmula 1.

Desse carro foi dono Michael Schumacher, que dispensa introduções. O piloto alemão era, em 2004, uma das personalidades mais populares à face da terra, ano em que somou o 7º título mundial de pilotos na Fórmula 1. Mas podiam ter sido 8, 9, 10 ou mais. Este documentário ajuda em muito a perceber o génio por detrás do ídolo.

Vindo de uma família modesta e trabalhadora, qualidades que caracterizaram Schumacher durante toda a sua vida e carreira, só havia uma ambição: pilotar – maioritariamente por ser desafiante.

Este documentário da Netflix aborda a carreira do piloto na íntegra, os momentos de glória e os momentos de frustração, até ao seu regresso da reforma e a integração na modesta equipa da Mercedes Petronas, equipa que Michael ajudou de forma a tornar a Mercedes naquilo que é hoje. Nada de novo, pois como é evidente neste documentário, não foi a primeira vez que o fez.

Por detrás de cada piloto há um ser humano, e Schumacher foi campeão em ambos. Um homem de família, amigo do próximo e com uma vontade imensa em valorizar quem merece. Apesar dos acontecimentos que lhe trocaram as voltas, até à data ninguém pode tirar uma coisa ao alemão: enquanto a saúde lhe permitiu, aproveitou a vida no seu expoente máximo de beleza e criou tantas ou mais memórias fora da pista do que dentro dela.

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O documentário em si está extremamente bem conseguido. Consegue retratar a vida e carreira de Schumacher de uma ponta à outra com objetividade. Foca-se na glória, sem nunca serem esquecidas as adversidades e momentos menos bons. O que é algo que traz sempre credibilidade a este tipo de produções. O arquivo resgatado e montagem feita com a narração está um trabalho de qualidade exímia, onde repetição não existe e todo o conteúdo é entusiasmaste. Juntando os inúmeros testemunhos de familiares, amigos e rivais (alguns deles carregados de emoção), este documentário conta com uma produção sublime.

Michael Schumacher foi um piloto genial, apaixonado, motivado e trabalhador, mas foi também um ser humano excecional. Após acabar o documentário, decidi voltar a ver e não me arrependo, pois esta produção emocionante faz justiça à genialidade do campeão mundial, tanto no palco principal como nos bastidores.

Para quem não está por dentro da Formula 1, é provável que não vá conseguir absorver tudo o que este documentário tenta transparecer. Quem está à espera do sensacionalismo de Drive To Survive vai acabar desiludido, visto que isto é um documentário (como o nome indica) e não uma novela. Não obstante, é um fantástico documentário desportivo dedicado ao melhor piloto da história da Fórmula 1 e vale cada segundo.

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