CP acusa SFRCI de mentir num novo comunicado

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A CP diz mesmo que as acusações são falsas, infundadas e difamatórias.

Nos primeiros dias de maio, a CP – Comboios de Portugal informou que, após um período de negociações intensivas, ao longo da última semana, chegou a um acordo com o Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ), pondo fim ao ciclo de greves que vinha afetando o setor ferroviário. Este consenso foi alcançado com a colaboração do Ministério das Infraestruturas, que mediou as conversas entre as partes envolvidas.

O acordo estabelecido foi fruto de um esforço conjunto entre a administração da CP e o SMAQ, demonstrando a vontade de ambas as partes em resolver o conflito laboral e assegurar a continuidade dos serviços prestados aos passageiros. Mas as coisas não ficaram por aqui, e novas greves foram convocadas.

Já no final desse mês, a CP anunciou ter alcançado um acordo sobre as valorizações remuneratórias intercalares com todos os sindicatos (15), à exceção do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI). Ora, a greve que tem estado a acontecer desde o dia de ontem, 5 de junho, está precisamente a ser realizada pelos trabalhadores desse sindicato.

Mas isto já se sabia. A novidade é que o SFRCI emitiu um comunicado a alegadamente acusar a CP de uma série de coisas, comunicado esse que a CP veio agora desmentir.

“Em primeiro lugar, é importante destacar que o SFRCI não fala em nome de todos os trabalhadores da CP, contrariamente ao que alega. Este sindicato representa apenas uma fração dos nossos colaboradores, sendo um dos 16 sindicatos com representatividade na empresa. De todos estes, 15 já ratificaram o acordo de empresa relativo ao aumento salarial. Portanto, o SFRCI, ao optar por não o fazer, discrimina os seus associados, colocando-os numa situação de desvantagem salarial face aos demais colegas”, começa por dizer a CP.

De resto, a CP diz no seu comunicado que as acusações da qual foi alvo por parte do SFCI, no que à discriminação salaria e violação das regras da segurança da circulação diz respeito, são “falsas, infundadas e difamatórias”.

“O aumento salarial intercalar proposto pela CP é uniforme para todos os trabalhadores, num montante aproximado de 50 euros. Ao contrário do que afirma este sindicato, os aumentos salariais de 2023 foram maiores nos trabalhadores com salários mais baixos. Por isso, ao recusar-se a assinar o acordo de empresa, o SFRCI é o único sindicato que está, na verdade, a promover a desigualdade salarial entre os seus associados e os restantes trabalhadores da CP”, segundo se pode ler na mesma nota.

“Outra falsidade propagada pelo SFRCI é a suposta ameaça aos postos de trabalho dos revisores. Esta alegação é inteiramente falaciosa, considerando que a CP está, neste exato momento, a recrutar 70 novos revisores, devido à falta de pessoal. Nunca estiveram, nem estão, os postos de trabalho em risco”. Este tipo de desinformação é uma tática perturbadora que procura apenas semear a intranquilidade e o descontentamento entre os trabalhadores”, assegura a CP.

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