Cadeias de mensagens de texto, vídeos, tweets… Nos últimos tempos, a corrente de informação e notícias sobre a COVID-19 está a tomar conta da atualidade informativa. A incerteza em torno da situação atual faz com que, no final do dia, recebamos milhares de mensagens alertando para possíveis riscos, novos dados, conselhos sobre como combater o coronavírus, etc. cuja verosimilhança influencia a opinião dos utilizadores.
E também aqui os hackers andam à espreita, aproveitando-se de todo este caudal de comunicações para difundir fake news e gerar, assim, maior confusão e incerteza, bem como ter acesso a uma grande quantidade de dados.
Como saber quando estamos perante uma fake news?
Nos últimos dias, são muitas as mensagens que os utilizadores têm recebido por e-mail, WhatsApp ou Facebook, em que se partilhavam notícias com informação sobre o vírus. Por este motivo, os especialistas da Check Point sugerem as cinco perguntas chave que devemos fazer para distinguir as fake news:
- Quem me enviou isto e porquê? Os cibercriminosos sabem roubar a identidade de organizações ou de fontes fiáveis nas mensagens que enviam com o fim de ganhar a confiança do receptor. Dito isto, quando recebemos qualquer tipo de notificação, é vital comprovar se estamos subscritos em algum tipo de newsletter ou qualquer outro tipo de serviço de comunicações emitido pela suposta entidade. Afinal, não teriam motivos para entrarem em contacto connosco…
- Tem erros de ortografia ou gramaticais? Não há dúvida que o fator de erro humano na redação está muito presente e que, na hora de escrever um texto, é muito fácil cometer algum erro ortográfico e nem se dar conta. Rever a qualidade do texto da notícia que nos enviam também deixa pistas para sabermos se estamos perante um texto que provém de uma fonte de confiança ou não. No caso de, ao longo do conteúdo, se repetirem de forma recorrente erros de concordância gramatical em termos de uso do género ou quanto à conjugação dos tempos verbais, então é bem provável que nos encontremos perante um texto escrito numa língua estrangeira e que foi traduzido por meio de algum programa informático e que não tenha sido revisto corretamente.
- O link incluído para clicar é verdadeiro? Em muitas ocasiões, não se partilha a notícia, mas junta-se um link que redireciona o utilizador para uma determinada página web. Nesta situação, é fundamental comprovar o URL, já que os cibercriminosos tendem a criar webs de fake news que copiam a imagem e o formato das páginas web de meios de comunicação, criação de páginas web com informação variada, etc.
- Utiliza fontes de confiança? Uma das bases de uma notícia de confiança, principalmente quando apresenta valores ou dados, é utilizar fontes que aportem credibilidade e sustentação à notícia. Na Internet há milhões de páginas web de onde se pode sacar informação, mas é sempre muito mais recomendável utilizar fontes oficiais (por exemplo, agora com o caso da COVID-19, webs de instituições públicas como o Ministério da Saúde, Direção Geral da Saúde ou organizações como a OMS).
- É mesmo verdade que é uma informação exclusiva? Não há dúvida que os meios de comunicação, em certas ocasiões, contam com dados ou fontes que outros meios não têm acesso. Se estamos perante uma notícia que declara ser exclusiva, devemos suspeitar, já que, em caso de nenhum outro meio de comunicação fazer eco dessa informação, pode significar que estamos ante uma fake news.
Por isso, tenham muita atenção às situações. Não se deixem enganar.