Município de Torres Novas e NovoBanco juntos para mega projeto na cidade

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Complexo da Companhia de Fiação e Tecidos dará lugar a espacos de lazer, desporto e empresariais. Será o TN FACTORY.

Hoje, dia 16 de agosto de 2022, foi assinado o contrato de promessa compra e venda entre o Município de Torres Novas e o NovoBanco, com vista à aquisição do complexo da antiga Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas. Esta aquisição, pelo valor de 700.000€, resulta de uma ambição antiga, que remonta já a 2013 e que, nas palavras do presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira, pretende “perpetuar a memória coletiva” da população torrejana, muito ligada aos 166 anos de laboração da antiga empresa.

A revitalização daquele espaço emblemático, que abrange um total de 31 000 m2, será feita na ótica da sua devolução à cidade e ao concelho, com base num estudo prévio cujo mote é uma requalificação modelar, possível de se fazer edifício por edifício, em torno da designação global de TN FACTORY, e que será alvo de candidatura ao PRR – Plano de Recuperação e Resiliência. O referido estudo prevê a criação de espaços museológicos, zonas de restauração e lazer, espaços desportivos, espaços empresariais, entre outros, que permitirão, em articulação com diversos parceiros, nomeadamente na área da saúde, da educação, do desporto e do empreendedorismo, criar dinâmica e permitir a fruição do antigo complexo industrial.

Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas - TN FACTORY

A intervenção prevê a criação de quase duas dezenas de espaços diferentes, nomeadamente:

  • Núcleo de Interpretação da Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas (área de implantação – 245 m2) – espaço interpretativo da história do complexo;
  • Parque de Estacionamento (área de implantação – 1675 m2) – 53 lugares de estacionamento para viaturas ligeiras, 6 exclusivos para carregamento de viaturas elétricas;
  • Receção / Portaria (área de implantação – 46 m2) – ponto de informação das lógicas de organização, ocupação e de circulação;
  • Centro de Alojamento Temporário (área de implantação – 370 m2) – a integrar a Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário; reúne no mesmo edifício modalidades de alojamento coletivo, vulgo camaratas, quartos duplos e triplos; responde conjuntamente às valências de Centro de Alojamento Temporário e Centro de Alojamento de Emergência Social;
  • Escola Nacional de Formação da Cruz Vermelha (área de implantação – 893 m2) – pela sua centralidade no território nacional, Torres Novas poderá vir a acolher a sede desta escola, de acordo com contactos já iniciados; contempla todas as graduações de ensino da instituição; implica a deslocalização do efetivo docente para Torres Novas;
  • Blocos Empresariais StartUp Torres Novas (áreas de implantação – 893 m2 + 825 m2) – prolongamento da incubadora de ideias que terá sede própria na antiga Caixa Geral de Depósitos; o bloco nº 6 (piso 1) corresponde a espaços de trabalho entre os 80 m2 e os 150 m2 ; o bloco nº 7, com uma área útil aproximada de 1600 m2 (piso térreo e piso em negativo), permitirá responder a projetos de maior dimensão (possibilidade de oficinas);
  • Ateliers e Oficinas (áreas de implantação – 664 m2 + 974 m2) – recuperação de dois grandes blocos destinados a ateliers, oficinas e escritórios; espaços autónomos, para concessão, capazes de dar resposta a pequenos projetos individuais ou coletivos de assinatura própria ou de prestação de serviços;
  • Museu de Arqueologia Industrial (área de implantação – 474 m2) – visa reunir num espaço próprio o passado industrial, respondendo a uma ambição coletiva dos torrejanos e acolhendo o espólio anteriormente existente na «Garagem dos Claras»;
  • Creche Pública (área de implantação – 542 m2) – pretender reforçar a rede de creches pública, através da requalificação do edifício com o mesmo fim na antiga fábrica;
  • Restauração/Comércio (áreas de implantação – 990 m2 + 755 m2) – grande zona de lazer, restauração e comércio alternativo, composta por dois pavilhões e toda a sua zona envolvente;
  • Centro de Alto Rendimento de Judo e Ginástica (área de implantação – 2748 m2) – atribuição do pavilhão central do complexo a um Centro de Alto Rendimento misto, destinado ao Judo e à Ginástica Artística, no seguimento da ambição manifestada pela Federação Portuguesa de Judo e Federação de Ginástica de Portugal;
  • Espaços Empresariais (áreas de implantação – 720 m2 + 282 m2) – afetação de vários espaços do complexo para concessão a privados;
  • Multiusos Coberto (área de implantação – 324 m2) / Multiusos Descoberto (área de implantação – 282 m2) – para dar resposta a qualquer solicitação, inclusive para concessão a entidades;
  • Clínica de Saúde (área de implantação – 538 m2) – afetação do edifício para concessão a um projeto desta natureza, no seguimento do interesse em se instalarem em Torres Novas manifestado por empresas privadas de cuidados e prestações de saúde, de âmbito nacional e internacional;
  • Blocos de Saúde 1 e 2 (áreas de implantação – 2082 m2 e 2955 m2) – para albergar um conjunto de valências no campo da saúde, por solicitação do ACES Médio TEJO bem como por previsão de distribuição de equipamentos de âmbito regional antecipada pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (ex.: unidades de cuidados paliativos, cuidados continuados integrados, saúde mental, promoção da vida ativa, entre outros)
  • Núcleo da Central Hidroelétrica (área de implantação – 55 m2) – recuperação dos sistemas de comportas e adufas que fazem a gestão dos caudais no canal para a antiga central hidroelétrica;
  • Espaço de Lazer Fluvial (área de implantação – 1095 m2) – criação de zona de lazer através da requalificação dos 400 metros de margem do rio Almonda que abraçam o completo; aproveitamento dos canais para alimentação da antiga hidroelétrica como zona de banhos com altura de água regulável; construção amovível flutuável, na zona mais profunda do leito do rio; piscina no interior do rio, apoiada por uma zona de esplanada, balneários e zonas de apoio;
  • Parque Infantil (área de implantação – 184 m2) – a construir na zona mais verde do complexo e parte integrante do corredor ecológico do Almonda, com um conjunto de equipamentos lúdicos relacionados com a própria fábrica
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