Por outras palavras, vai ser possível ver qualquer filme português em qualquer ponto do país.
O Secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, anunciou esta semana que todo o cinema português será digitalizado e todas as salas de cinema do País receberão máquinas digitais de projeção, através das verbas inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência.
O objetivo? “Ter todo o cinema disponível em todos os sítios, em todas as salas de todo o País.”
O Plano de Recuperação e Resiliência destina 243 milhões de euros ao setor da Cultura, sendo 150 milhões de euros para a requalificação do património e 93 milhões para redes culturais e transição digital.
Nesta última vertente, o PRR prevê a “modernização da infraestrutura tecnológica da rede de equipamentos culturais” como teatros, cineteatros, cinemateca, museus, centros de arte, bibliotecas, Torre do Tombo, Biblioteca Nacional, laboratórios de conservação e restauro, Arquivo Nacional da Imagem em Movimento e a instalação do Arquivo Nacional do Som.
“Onde houver salas haverá equipamento digital e haverá possibilidade de ver património da Cinemateca”, disse Nuno Artur Silva.
A preservação, restauro, digitalização e divulgação do património fílmico português são quatro das missões da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, em particular através do Arquivo Nacional da Imagem em Movimento e do laboratório de restauro fílmico, único na Península Ibérica.
A modernização das salas de espetáculos, referida pelo Secretário de Estado, será articulada também com a Rede de Teatros e Cineteatros, criada em 2019 e que está em processo de concretização.