Castro de Chibanes, em Palmela, poderá ser convertido em local para turismo cultural

- Publicidade -

Tal como acontece nas ruínas de Conímbriga.

Classificado como imóvel de interesse público, o sítio arqueológico Castro de Chibanes, localizado em Palmela, é uma superfície amuralhada que ocupa uma área com cerca de um hectare e os vestígios mais antigos remontam aos períodos do Calcolítico ou Bronze antigo, entre os 5000 e 3700 anos antes de Cristo (a.C.).

Da fortificação calcolítica foram identificados dois troços de muralha, reutilizados posteriormente durante os períodos da Idade do Ferro e do romano-republicano, quando a fortificação cresceu com a adição de novas muralhas, torres e baluartes. Durante as escavações foram recolhidas cerâmica, peças decorativas e diverso equipamento militar como lanças e setas.

Ora, após década de escavações, parece que há finalmente condições para transformar o Castro de Chibanes num local de turismo cultural.

“Temos as condições para isso, em termos de informação básica. O que já se sabe permite conservar e reconstituir as diversas fases de ocupação de Chibanes”, refere Joaquina Soares, que coordenou, juntamente com Carlos Tavares da Silva, a obra Castro de Chibanes na Conquista Romana — Intervenções Arqueológicas de 1996 a 2017 ao jornal Público.

De acordo com a arqueóloga, é não só possível criar por ali um centro interpretativo, como há até potencial para ser convertido em local para turismo cultural, tal como acontece nas ruínas de Conímbriga.

O Castro de Chibanes “é uma ocupação pré-histórica durante a qual constroem uma muralha, provida de torres e bastiões, que mostra o carácter instável dessa época, precisamente porque essa construção revela uma preocupação defensiva grande”, explica por sua vez Carlos Tavares da Silva.

Margarida Arruda, historiadora e arqueóloga da Universidade de Lisboa, disse ao mesmo jornal que, graças às escavações, “foi possível datar, atribuir uma cronologia especifica a determinados acontecimentos históricos que sabíamos que se teriam passado aqui na área da península de Setúbal, mas não sabíamos exatamente a data, os momentos reais e se tinham efetivamente acontecido”.

- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados