Carris Metropolitana. Rescisão de contrato com operadores não está fora de hipótese

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Porém, o objetivo principal passa mesmo por melhor o serviço a curto prazo.

Juntas de freguesia do concelho de Setúbal a criticarem o serviço, um grupo cívico em Almada que luta por uma melhoria dos transportes públicos… No fundo, utentes descontentes com a forma de atuar da Carris Metropolitana, que tem estado a funcionar em Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal (Área 4), e em Almada, Seixal e Sesimbra (Área 3), desde junho e julho de 2022, respetivamente.

Com o arranque do novo ano letivo, pais e encarregados de educação temem o pior, com Anabela Rocha, do Movimento Fartos, a ter dito à Lusa que o grupo cívico antevia um cenário “muito mais caótico e imprevisível, porque não há um número de motoristas suficiente nem para assegurar o serviço neste momento”.

Ciente da situação da falta de trabalhadores, algo que se explica com salários baixos, fracas condições de trabalho e custos de formação, a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), que gere a Carris Metropolitana, optou por dar seguimento à contratação noutros países, neste caso em Cabo Verde. Mais precisamente, a Alsa Todi irá recrutar cerca de 60 motoristas de Cabo Verde, já com carta e experiência, pelo que deverão entrar ao serviço muito em breve.

Em todo o caso, esta é uma situação que devia ser resolvida já, e não em breve. E caso as coisas não melhorem, pode mesmo haver a possibilidade de rescisão de contrato.

O objetivo da AML não é multar, nem avançar para a rescisão de contratos, mas garantir uma melhoria global do serviço da Carris Metropolitana, que, acreditamos, poderá começar a verificar-se ainda no mês de setembro”, disse Carlos Humberto, primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa (AML), em entrevista à agência Lusa.

“Mas não deixaremos de agir, jurídica e legalmente, em relação às empresas que não estão a cumprir, porque as situações de incumprimento têm consequências graves para muitos utentes dos transportes públicos”, advertiu.

Confrontado com a possibilidade de a AML ter de avançar para uma eventual rescisão dos contratos caso persistam as situações de incumprimento, Carlos Humberto reiterou a ideia de que o principal objetivo da entidade intermunicipal é ajudar na procura soluções que permitam uma rápida melhoria do serviço prestado pela Carris Metropolitana.

“É preciso ter consciência das decisões que se tomam, porque não estamos a falar de substituir o canalizador ou o eletricista, nas obras da nossa casa. Além das questões formais, temos de nos perguntar se temos aqui ao lado uma empresa com capacidade para substituir centenas de motoristas e de autocarros”, disse. Mas pode mesmo acontecer, caso a degradação do serviço continue.

De acordo com os dados disponibilizados à AML pelos dois operadores da península de Setúbal, a Alsa Todi está a operar com menos 50 motoristas do que deveria e os TST com menos 60 ou 70.

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