Carris Metropolitana só estará a funcionar em pleno no final de agosto

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Tem sido um início de operação bastante polémico.

Os primeiros dias de operação da Carris Metropolitana na Área 4 têm sido tudo menos tranquilos. Os vários municípios que passaram a contar com o novo serviço desde o dia 1 de junho desde logo começaram a receber queixas por parte dos munícipes, seja por falta de postaletes nas paragens e um número insuficiente de autocarros para a quantidade de utentes, entre outras queixas.

Do lado dos motoristas também têm existido crises, tanto que, na passada segunda-feira, o serviço praticamente não funcionou na zona de Setúbal, com os trabalhadores a alegarem não estarem reunidas as condições para cumprir o serviço. Têm-se queixado de desconhecimento dos novos percursos, dos horários aplicados e, também, que os cartões de viagem não estão a ser corretamente carregados.

Entretanto, e para que o serviço possa ser feito com alguma normalidade, ficámos a saber, no início desta semana, que a Carris Metropolitana vai manter os mesmos horários do antigo operador, Transportes Sul do Tejo. E quando se esperava que tal fosse durante apenas duas semanas, sabe-se agora que esses antigos horários vão ser respeitados até ao final de junho.

Mas isto não é tudo, sendo que existem outras novidades que acabam por não fazer muito sentido, mas que, provavelmente, são decisões a pensar nos utentes mais idosos ou em quem tem mais facilidade em deslocar-se para outro ponto. Por exemplo, e embora já com a nova Interface de Transportes de Setúbal a funcionar, os autocarros que fazem o percurso Lisboa – Setúbal vão continuar a passar pelo Terminal Rodoviário da Várzea, que foi inaugurado em fevereiro do ano passado para desativar a antiga estação da Avenida 5 de Outubro.

De acordo com o jornal O Setubalense, que falou com a Câmara Municipal de Setúbal, estes autocarros estarão, até ao final deste mês de junho, a iniciar percurso para Lisboa e a terminar o percurso de Lisboa no Terminal Rodoviário da Várzea. Já a partir de 1 de julho, o objetivo é os autocarros chegarem alternadamente à Várzea e à nova Interface de Transportes de Setúbal.

De resto, e de acordo com um comunicado da Câmara Municipal de Alcochete, disponível na sua página de Facebook, além da garantia da Alsa Todi ir assumir, até ao final do mês, os anteriores horários da TST, ficou também garantido um reforço nas carreiras entre Alcochete-Lisboa e vice-versa, nas primeiras horas da manhã e ao final da tarde. A empresa assegurou que a disponibilização e cumprimento dos horários na generalidade, assim como a colocação dos postaletes nas paragens, estarão regularizados até ao final de junho.

Em todo o caso, tendo em conta os problemas que já surgiram, e a falta de recursos humanos, nomeadamente motoristas a entrarem de baixa e/ou sem tempo para receber formação, prevê-se que o serviço só esteja na sua máxima força no final de agosto.

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4 Comentários

  1. Hourivel tudo o que está a acontecer desde dia 1 de Junho, Inferno para quem precisa ir trabalhar para Lisboa a partir do Montijo

  2. Mais uma vez se constata que este é um país de esquemas e desenrascanso. Passaram cerca de 18 meses e o que se observa é que esta organização, apesar de tudo o que se anunciou de todas as espectativas falhou e isto é muito mau. Infelizmente mais uma vez o que se constata, é a mediocridade de dirigentes que comandam organizações que mereciam melhores e empenhadas decisões.

  3. Parece que os problemas são crónicos como aqueles que acontecem nos transportes em Cascais. Mudam-se os operadores e o que devia ser para melhor, fica igual ou pior.
    Se não há motoristas, não será pelo baixo ordenado? Penso que é precisamente o mesmo que já vem a acontecer na construção civil.

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