Portugal vai ter cafés-restaurantes que formam e empregam pessoas portadoras de distúrbios mentais e cognitivos

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Lisboa e Cascais terão espaços da marca Café Joyeux em 2021 e 2022, respetivamente.

Em Portugal, segundo os dados disponíveis, existem aproximadamente 600.000 pessoas portadoras de deficiência, das quais 200.000 com distúrbios mentais e cognitivos. As empresas privadas, com mais de 10 colaboradores, empregam menos de 0,5% das pessoas portadoras de distúrbios mentais e cognitivos e a administração pública menos de 2,3%. A maioria destas pessoas não tem acesso ao mercado de trabalho, a taxa de desemprego da população em geral decresceu 18,8% entre 2011-2016, enquanto a população portadora de deficiência viu a mesma taxa aumentar 26,7%, o que representa uma taxa de desemprego duas vezes superior na população portadora de deficiência. E isto é um problema não só em Portugal, mas também na Europa.

Foi precisamente devido a isso que, em 2017, surgiu em Rennes, França, o Café Joyeux, o primeiro restaurante solidário que tem por objetivo formar e empregar pessoas maioritariamente portadoras de trissomia 21 ou de outro tipo de distúrbios cognitivos como o autismo. Fundado por Yann e Lydwine Bucaille, este conceito solidário e inclusivo tem por missão tornar a diferença visível, potenciar o encontro e propor mais emprego a pessoas que estão afastadas do meio laboral. Agora, ficámos a saber que Portugal também vai receber este conceito.

Lisboa e Cascais, em 2021 e 2022, respetivamente, serão as primeiras cidades portuguesas a receber os cafés-restaurantes Joyeux, representadas em Portugal pela Associação VilacomVida. Está ainda previsto a criação de cinco a sete spots do género no território nacional até 2026.

Segundo a filosofia da marca, os Cafés Joyeux devem ser situados no coração das nossas cidades, em zonas de elevada afluência. A sua carta culinária propõe sempre produtos frescos, da época e são preparados no local por colaboradores Joyeux, privilegiando assim a economia local e circular, a sustentabilidade e o ambiente.

Após uma primeira avaliação, os “colaboradores Joyeux” são recrutados e formados por uma equipa especializada de RH, gestão, cozinha e educadores especializados, Finda a formação, os “colaboradores Joyeux” integram os cafés-restaurantes Joyeux, com um contrato sem termo. Em função das suas capacidades e sempre acompanhados pelos seus gestores sempre atentos, ocupam várias funções da restauração: acolhimento, caixa, cozinha e serviço de sala.

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