Barragens do Douro estão a dizimar dezenas de espécies em vias de extinção

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É o que diz um estudo da Rede Douro Vivo, projeto liderado pelo GEOTA, Grupo de Ordenamento do Território e Ambiente.

Douro

As mais de 1.200 barreiras no Rio Douro estão a colocar em risco direto espécies como a lampreia e enguia, com impactos nos habitats de espécies como a águia-real e o lobo-ibérico. A conclusão é de um estudo efetuado pela Rede Douro Vivo, projeto liderado pelo GEOTA, Grupo de Ordenamento do Território e Ambiente, que concluiu que a qualidade da água e a biodiversidade na bacia hidrográfica do Douro estão seriamente comprometidas dado o elevado número de barragens ao longo do rio.

De acordo com o documento, as mais de 1 200 barreiras identificadas, por potenciarem a deterioração da água e dos habitats ribeirinhos e quebrarem o normal ciclo do rio, estão a pôr em risco a continuidade de dezenas de espécies selvagens, algumas delas em elevado risco de extinção, tais como o mexilhão-de-rio, a lampreia, salmão e a enguia, afetando ainda o habitat de espécies emblemáticas como a águia-real e o lobo-ibérico.

Além disso, das 152 barreiras visitadas no Douro, verificou-se que mais de 25% estão total ou parcialmente destruídas ou abandonadas, não tendo qualquer propósito funcional.

O trabalho focou-se na bacia hidrográfica do Douro com o objetivo de a caracterizar ecológica e funcionalmente, estudando a integridade dos habitats, alguns com espécies ameaçadas, e identificando aqueles que estão ainda em boas condições ecológicas, tanto em Portugal como em Espanha.

Para fazer frente aos problemas encontrados, a Rede Douro Vivo vai propor uma série de medidas ao Estado, para que possa atuar no sentido de minimizar os impactos ambientais criados por estas estruturas e contribuir para a preservação dos ecossistemas e bem-estar das populações.

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