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A ASUS ROG Ally chegou ao mercado com a ambição de ser a derradeira máquina de jogos de PC portátil. Mas, para já, é apenas uma interessante alternativa ao que já existe.

Vivemos num mundo pós-Steam Deck. Apesar da máquina da Valve não ter sido a primeira a apresentar o conceito de computador-consola híbrida, foi, sem dúvida alguma, um lançamento importante para democratizar o conceito ao ponto de se tornar numa referência.

É em resposta à Steam Deck que surge a ASUS ROG Ally, um novo dispositivo de jogos da ASUS Republic of Gamers, que se apresentou não só como “A” rival da Steam Deck, como vinha prometer o dobro do desempenho da mesma. O potencial da ASUS ROG Ally é, de facto, enorme, representando uma multitude de razões pelas quais queria colocar as mãos numa, algo que me foi possível graças à ASUS Portugal, ao emprestar-me uma unidade por umas semanas.

A ASUS ROG Ally surge um ano depois da Steam Deck, com hardware mais avançado, com um sistema operativo mais familiar e acessível à maioria dos utilizadores, com a teoricamente total compatibilidade com todos os jogos de um PC, com a oportunidade de oferecer elementos que não existem na sua concorrente direta e, claro, as garantias de uma experiência Premium expectável pela ASUS. Isto sem esquecer o seu preço, também ele Premium, de 800€ (cerca de 120€ mais cara que a Steam Deck de 512GB, fora de promoções).

É uma fasquia elevada, mas não impossível. A Steam Deck, apesar de ser uma excelente máquina, já deixou muitos fãs ansiosos por uma segunda geração, e os avanços tecnológicos já são tão rápidos que o lançamento uma revisão mais poderosa é bastante realista. E algo que a ASUS ROG Ally poderia ser. Mas após um test-drive com a nova máquina da ASUS, creio que ainda não estamos lá.

Design compacto, conectividade avançada e controlos de consola

A nível de design, a ASUS ROG Ally surpreende com o seu peso e tamanho menores. Com apenas 608g, não se sente tanto o seu peso comparado com os 669g da Steam Deck, o que é excelente para sessões de jogo mais longas (enquanto a bateria durar), e a sua finura confere-lhe também alguma solidez e conforto de utilização. Estamos perante uma máquina definitivamente ergonómica de se usar e que se sente bastante bem nas mãos, que tira partido do design angular das suas bordas e do restante corpo para abraçarmos as mãos, como se fosse um comando com um ecrã no meio. Apesar de não ser muito mais larga que a Steam Deck, é também interessante como, com a ASUS ROG Ally nas nossas mãos, estas não parecem estar tão distantes uma da outra. Para mim, deu-me uma segurança muito maior ao agarrá-la.

asus rog ally vs steam deck echo boomer 2

Não faltam portas e métodos de ligação de topo na ASUS ROG Ally. Nas invisíveis temos uma ligação Wi-Fi 6E (802.11ax) de banda tripla e Bluetooth 5.2. Já nas ligações físicas, no topo da máquina, temos uma entrada áudio de 3.5mm, um leitor de cartões microSD, porta USB Tipo-C com suporte DisplayPort 1.4 e, ainda, uma interface proprietária da ROG para ligar uma placa gráfica externa – um excesso interessante, mas francamente inútil e que espero que não influencie o valor já alto da ASUS ROG Ally.

Convém também deixar a nota que, durante o meu tempo com a ASUS ROG Ally, não usei o leitor de cartões, devido a um número preocupante de relatos sobre sobreaquecimento de cartões que podem danificar os mesmos, ou até as unidades.

A ASUS ROG Ally usa um layout de botões assimétrico, semelhante ao que encontramos nos comandos da Xbox – algo que não é por acaso uma vez que a Microsoft ajudou no desenvolvimento da máquina – com os botões frontais com o esquema XYAB. Adicionalmente temos mais quatro teclas de função (Select – Start – Centro de Controlo – Menu) e, na traseira, ainda temos dois gatilhos personalizáveis.

asus rog ally vs steam deck echo boomer 4 rotated

A qualidade de construção da ASUS ROG Ally é boa no geral. A consola parece robusta e bem construída, com imensas texturas no corpo e nos gatilhos para não derrapar das mãos e nos dedos. No entanto, não fiquei fã nem dos botões frontais, nem do seu D-Pad. Os botões XYAB são, para ser franco, feios, em tons indistinguíveis e com as letras pouco legíveis e numa font barata. Além disso, não são propriamente satisfatórios de clicar. Já o D-Pad, de 8 direções e de design circular, também não senti grande satisfação na sua utilização.

Os gatilhos e botões de ombro distinguem-se bastante bem, apresentam uma agradável textura ao toque e são de uma utilização suave e pouco resistente à pressão. Já os botões traseiros, apesar de serem apenas dois, estão colocados numa posição perfeita de utilização e o seu design e sensação tacto são excelentes e muito melhores do que os quatro encontrados na Steam Deck.

À boa maneira de um equipamento de “gaming”, os analógicos podem ser configurados para mostrar diferentes tons luminosos através de um anel de LED. Um toque visual interessante, mas desnecessário, que seria melhor aplicado nos botões frontais.

Armory Crate e o centro de operações pouco operacional

asus rog ally echo boomer armory crate 2

Através do software incluído, o Armory Crate, é possível mapear os botões todos da consola, definir Dead Zones dos analógicos e dos gatilhos, assim como a intensidade dos motores vibração. É tudo fantástico e simples de usar, mas é aqui que encontramos os primeiros “contras” face à máquina da Valve: a falta de trackpads, de giroscópio e de perfis individuais para diferentes jogos definidos por produtores e pela comunidade. A não existência de trackpads e de giroscópio são, definitivamente, escolhas da ASUS, mas algo a ter em conta caso isso defina a vossa escolha. Já quanto aos perfis, é algo que terá que ser definido pelo utilizador. Felizmente, a maioria dos jogos usa configurações semelhantes e familiares entre si.

A Armory Crate é também um centro de operações, onde o utilizador pode escolher entre diferentes modos de operação e de desempenho da ASUS ROG Ally, aceder a dados estatísticos, modos económicos, etc. É possivel personalizar a iluminação e perfis de imagem, editar o centro de comando (mais sobre isso em baixo), fazer atualizações de sistema e, claro, aceder à biblioteca de jogos. No fundo, a Armory Crate é a aplicação principal da ASUS ROG Ally, “O Menu Principal” e aquela que seria a porta de acesso intuitiva e fácil a todo o sistema… se realmente funcionasse sem problemas.

A Armory Crate, infelizmente, desaponta. Nela podemos ligar a máquina e aceder “diretamente” a jogos e aplicações, ainda que seja uma apresentação feia que nem sempre apresenta tudo. Por exemplo, os únicos jogos que surgem neste menu são os da Steam Store, mesmo que tenham instalados jogos de outras lojas. Para além disso, a Armory Crate deixa de responder com frequência, e foram muitas as vezes que os jogos crasharam por carregar acidentalmente no botão de acesso à aplicação. É pena que a ASUS não tenha investido mais no polimento técnico e visual desta sua solução, até porque o Centro de Controlo e de definições da Armory Crate é extremamente importante para a utilização da ASUS ROG Ally, oferecendo opções que podem ser ativas e desativas em tempo real. Um pouco como os menus da Steam Deck.

Esse Centro de Controlo da ASUS ROG Ally é um menu lateral que pode ser personalizado com vários atalhos de definições que podem ser ativas ou alteradas em tempo real. Entre elas temos o botão de alteração de controlos (Desktop/Gamepad/Auto); o modo de Operação, onde podemos fazer overclock ou downclock de acordo com as nossas necessidades; acesso ao teclado; ativação do monitor de estatísticas com Frame-Rate e utilização de GPU/CPU; limitador de FPS; atalho para o Windows; switch do refresh rate do monitor capaz de atingir 120Hz; entre outros.

asus rog ally echo boomer centro de controlo

Tudo opções excelentes que, por alguma razão, nem sempre funcionaram com sucesso. Por exemplo, a alteração dos modos de controlo nem sempre acontece, obrigando a um toque físico no ecrã para ativar o jogo, mas tornou-se especialmente irritante por o sistema nem sempre trocar para o modo Desktop quando mudava para o ambiente de trabalho. Também me deparei com alturas em que o modo de operação (10W/15W/25W) escolhido não ficava registado. E noutros momentos, a simples ação de abrir o Centro de Controlo congelava a consola, obrigando ao reset da mesma. Este é, provavelmente, o pior aspeto da ASUS ROG Ally e que, infelizmente, lhe confere uma qualidade de dispositivo protótipo e não de dispositivo Premium de jogos de 800€. É frustrante.

Versatilidade de um portátil de gaming com o Windows 11

Felizmente, há muita coisa que fica bem melhor a partir daqui porque, com alguma paciência, a ASUS ROG Ally pode ser usada como um PC portátil ou tablet Windows. A ASUS ROG Ally vem equipada com o Windows 11 Home completamente funcional. É um ambiente familiar, virtualmente compatível com tudo o que a maioria dos utilizadores consome, por isso podem dar uso à vossa imaginação com as suas possibilidades. E a verdade é que o Windows 11 oferece algumas vantagens face à máquina da Valve que são bastante apelativas, sendo a principal de todas – no que toca exclusivamente ao uso da máquina enquanto dispositivo de jogos – a compatibilidade com todos os jogos e lojas de PC.

Para além da storefront mais popular de todas, a Steam Store – a qual pode ser acedida em modo Big Picture, com os mesmos menus de navegação da Steam Deck -, podemos aceder à Epic Games Store, à EA Play, Ubisoft Connect, GOG Galaxy e, claro, à Xbox/Microsoft Store. Isto para não falar em jogos e aplicações executáveis e independentes destes launchers.  Como podem imaginar, a compatibilidade é imensa. Há exceções, é claro, como num computador normal, sendo a única limitação de compatibilidade os limites técnicos da ASUS ROG Ally.

Explorar estas bibliotecas, instalar e aceder a jogos não é tão plug-and-play como numa consola, ou como a Steam Deck já preparada para a maioria dos mais de 10 mil jogos Steam compatíveis. Mas para quem conhece a experiência de PC vai sentir-se em casa, incluído até a experiência de abrir janelas de avisos e de logins e de receber notificações do Windows quando se corre um jogo pela primeira vez. O normal, portanto.

asus rog ally echo boomer windows11

O acesso a estas lojas e o recurso ao Windows 11 abre também a possibilidade de jogar jogos on-the-go com uma qualidade bastante boa, algo que na Steam Deck não é possível; jogos online com recurso a ferramentas como o Easy-Cheating aqui já jogáveis; e jogos da EA Play ou da Epic Games, como Fortnite, Rocket League, Destiny 2, Fall Guys, Apex Legends, apenas para nomear alguns. Ainda assim, o mais interessante é o recurso à aplicação da Xbox e o acesso à mal-amada Microsoft Store, porque nos dão acesso à biblioteca de jogos do Xbox Game Pass – aqui PC Game Pass –, tornando a ASUS ROG Ally na verdadeira Xbox Portátil. Ou não fosse a Microsoft ajudar no seu desenvolvimento e até oferecer três meses de acesso ao Xbox Game Pass Ultimate.

Com esta vantagem, os jogadores podem explorar centenas de jogos da Xbox e da Electronic Arts e até tirar partido de funcionalidades como o cross-progression, passando o progresso feito na consola, para a ASUS ROG Ally, com os jogos nativos, na melhor qualidade possível. Para além disso, com a aplicação da Xbox, jogar em Stream via Cloud fica também muito mais fácil e não requer virtualmente nenhum tipo de configuração.

A ASUS ROG Ally é um equipamento com características bastante interessantes. Com um único modelo disponível no mercado, o de 512GB de armazenamento PCIe 4.0 NVMeM.2, estamos perante um verdadeiro computador portátil com um processador AMD Ryzen Z1, o mais recente processador para dispositivos móveis da AMD, e com um processador gráfico da AMD de arquitetura RDNA 3. Comparativamente à máquina da Valve, a ASUS ROG Ally tem um processador com o dobro dos núcleos e um GPU de uma geração à frente, com mais unidades de computação. Já a nível de memória, ambas as máquinas tiram partido de 16GB de memória LPDDR5.

Esta configuração, apesar de mais recente, não irá fazer milagres para quem quiser jogar confortavelmente on-the-go com tempos de bateria útil aceitáveis. Mas irá, garantidamente, correr jogos modernos sem qualquer problema. Como é óbvio, não esperem correr jogos modernos com as configurações no máximo. Na verdade, não esperem até tirar partido da incrível resolução de 1080p da ASUS ROG Ally na sua maioria, mas sim apenas em jogos mais antigos, em indies ou outros menos exigentes.

Desempenho satisfatório, mas não revolucionário

Através das ferramentas de benchmark de alguns jogos modernos, pude apontar os resultados em diferentes características, e a verdade é mesmo essa: em modo portátil estamos longe do real potencial da ASUS ROG Ally e do sonho 1080p a 60FPS. E em alguns casos, nem com overclocks a 720p é possível atingir os 60FPS.

Comecei o meu teste com Cyberpunk 2077 com o preset oficial da Steam Deck, um jogo pesado e visualmente rico, só atingindo frame-rates acima dos 30FPS a 720p com FSR ativo, seja a 15W ou 25W, com médias de 35FPS e 43FPS, respetivamente. Aumentado a resolução a 1080p nestes modos, o esforço é maior e inconstante, não sendo possível atingir os 30FPS.

Em Forza Horizon 5, com as definições entre médio e alto, a experiência melhora bastante. O jogo de corridas atinge uma média de 51FPS em modo portátil a 25W na resolução de 720p. E é capaz de atingir uma média de 46FPS a 1080p nativos – também recorrendo a 25W.

Red Dead Redemption 2, apesar das suas ambições de mundo aberto e visuais incríveis, comporta-se bastante bem. Com uma configuração personalizada com a maioria das definições em médio, mais uma vez, o modo portátil de 25W a 720p revela-se a melhor experiência, com o benchmark a apresentar uma média de 43FPS. Mas também a 1080p nativos é possível atingir os 31FPS.

Marvel’s Guardians of the Galaxy, um jogo de ambientes e personagens ricas e detalhadas, consegue correr com as definições em alto – sem ray-tracing ligado – e confirma novamente que o modo portátil de 25W a 720p é o melhor, apresentando uma média de 45FPS. Já os 1080p nativos registaram 31FPS.

Horizon Zero Dawn, no máximo, apresenta resultados semelhantes com 39FPS no modo portátil de 25W a 720p, mas já se fica nos 24FPS a 1080p. Curiosamente, Horizon Zero Dawn foi o jogo que ofereceu a “pior experiência” na prática, com a exploração do seu mundo nem sempre a registar valores ou uma experiência satisfatória, mesmo no modo portátil de 25W a 720p, obrigando a diminuir as suas definições.

Por fim, por curiosidade, experimentei Returnal, um dos jogos mais exigentes, que na Steam Deck perdeu o selo de jogável. E por alguma razão, após várias tentativas no modo portátil de 25W a 720p da ASUS ROG Ally, não consegui melhor do que 15FPS nas definições básicas. Já a Steam Deck a 15W chegou aos 25FPS.

asus rog ally benchmarks echo boomer

Sem ferramenta de benchmarks, experimentei também Fortnite, que corre maravilhosamente a 1080p e acima dos 60FPS apenas em 15W; e ainda a problemática conversão para PC de Star Wars Jedi: Survivor, que está praticamente injogável neste dispositivo.

Claro que tudo isto são pontos de referência e, tal como num PC, os jogadores poderão ajustar todas as características dos jogos para uma experiência mais agradável e fluida. Mas é interessante observar que, para tirar partido da resolução extra da ASUS ROG Ally, continuam a ser necessários os mesmos sacrifícios que na Steam Deck e jogos de gerações anteriores ou menos exigentes, como jogos independentes.

Um ecrã invejável

Mas a ASUS ROG Ally tem alguns ingredientes secretos. Um deles é o modo de desempenho extra, a 30W, apenas disponível com um carregador compatível, como o que vem incluído de 65W. Com ele, a ASUS ROG Ally faz um verdadeiro “flex” e torna-se numa excelente consola “portátil” para ligar a um monitor externo.

Neste modo, nos jogos registados, a ASUS ROG Ally atinge frame-rates acima dos 40FPS, com Cyberpunk 2077 a registar uma média de 50FPS e Forza Horizon 5 a 63FPS. Isto, claro, a 720P. Curiosamente, já os ganhos de desempenho a 1080p, utilizando a consola a 25W e a 30W (ligada à corrente), não são propriamente interessantes. Ainda assim, este modo de 30W é excelente para jogadores mais caseiros, que tenham uma ficha ao pé de si e não se importem de estar constantemente ligados nestes jogos, se o frame-rate for assim tão importante.

O segundo ingrediente secreto da ASUS ROG Ally é o seu incrível e invejável ecrã. De 7 polegadas, 16:9 e uma resolução 1080p nativa, não é OLED, mas tem um desempenho fantástico, capaz de atingir 120Hz, o que fornece não apenas uma fluidez superior na sua utilização, como imagens em movimento mais agradáveis, mesmo em frame-rates mais baixos. E o melhor de tudo é que este ecrã tira partido do AMD FreeSync Premium, ou seja, tem capacidades VRR, o que faz que os jogos que não tenham um frame-rate constante, digamos entre 40FPS, 50FPS e 60FPS, pareçam mais fluidos e com menos oscilações.

ASUS ROG Ally

Em cima disso, o seu brilho de 500nits, as cores vibrantes e a resolução superior em alguns jogos é extraordinária. Por exemplo, voltar a HADES na Steam Deck, depois de o jogar na ASUS ROG Ally, pode ser doloroso. O único senão deste ecrã são mesmo as dedadas que eventualmente se espalham durante a nossa utilização casual do equipamento.

A nível de bateria, a ASUS ROG Ally não impressiona. Com uma bateria de 40WHrs, tal como a Steam Deck, o tempo de vida útil da consola depende sempre do tipo de jogo, do quão exigente é, etc. Mas fazendo um teste simples de deixar um jogo como o God of War a correr, lado a lado com a Steam Deck, a operar a 15W, a ASUS ROG Ally atingiu pouco mais de hora e meia de bateria, face a uma hora e um quarto da Steam Deck, revelando-se assim um pouquinho mais eficiente. Aumentando o desempenho no mesmo teste para 25W, como seria de esperar, a duração de tempo útil foi reduzida, neste caso para uma hora certinha.

E tal como o desempenho real em jogos depende das opções e dos próprios jogos escolhidos, também o tempo de vida útil do equipamento, sendo possível jogar duas, três, ou quatro horas seguidas em experiências menos exigentes.

Numa última nota no que toca a desempenho, é de realçar o quão silenciosa a ASUS ROG Ally é. Em algumas instâncias é possível ouvir as suas ventoinhas, mas é impressionante como na maioria do tempo mal se ouvem. Em cima disso, a excelente refrigeração mantém a consola relativamente fresca, por volta dos 60 a 70 graus. Os únicos momentos onde senti maior esforço da ASUS ROG Ally, em barulho e temperatura, foi durante a transferência elevada de dados, como por exemplo durante downloads, ou com a sua utilização ligada à corrente.

Uma sólida entrada da ASUS no mundo dos PC-Consola

ASUS ROG Ally e Steam Deck

Na soma das suas partes, a ASUS ROG Ally é uma excelente máquina de jogos. Tal como a Steam Deck. Infelizmente, talvez por falta do fator “novidade”, a ASUS ROG Ally não surpreende tanto como estava inicialmente à espera. Não lhe faltam incríveis vantagens, a começar pelo seu fantástico ecrã e pela compatibilidade mais expansiva das diferentes bibliotecas. No entanto, não se faz sentir como um salto geracional, nem o seu desempenho é excecionalmente melhor quando olhamos para estes equipamentos de forma casual. A opção de usar o Windows 11 é ótima, mas uma solução de software melhorada ou um segundo sistema operativo dedicado, como é o caso do Steam OS, talvez se revelasse numa maior vantagem para um uso mais casual e plug-and-play.

No fim de contas, a ASUS ROG Ally, como indicava no início, parece mais um dispositivo de protótipo do que um produto finalizado. Uma apreciação válida e bastante comum para equipamentos de primeira geração que, se tiver o devido suporte como a Steam Deck recebeu, poderá tornar-se num novo dispositivo de referência. Mas esse estatuto, para já, pertence à máquina da Valve.

A ASUS ROG Ally foi cedida para cobertura pela ASUS Portugal.

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